Trabalhadores devem ficar atentos, pois possíveis mudanças podem ser feitas em seus benefícios. Na última semana, fontes administrativas do governo afirmaram estar avaliando a possibilidade de unificar o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do seguro desemprego. A ideia é criar um tipo de auxílio de proteção social com a finalidade de reduzir a desigualdade no país.
Nos últimos meses inúmeras foram as propostas que alteraram os benefícios trabalhistas. Com um cenário de crise econômica e pandemia ainda em forte grau, o governo não descarta a possibilidade de realizar manutenções nos pagamentos da população que são de sua responsabilidade.
O FGTS e o seguro desemprego, por exemplo, poderão se unificados segundo uma nova proposta.
A sugestão foi elaborada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo das economias mais industrializadas do planeta.
Em relatório divulgado no último dia 16, afirmou que a desigualdade brasileira poderia ser minimizada caso houvesse uma unificação de renda para os menos favorecidos. Tomando conhecimento dos dados, o secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou considerar a implementação.
Como funcionaria a unificação entre o FGTS e o seguro desemprego
A ideia é que houvesse uma fusão entre os benefícios do programa de renda mínima. Toda a população registrada no sistema de proteção social do país passaria a ser contemplados.
Desse modo, o OCDE afirmou que o governo deixaria de contemplar apenas os extremamente pobres, para ampliar sua atuação incluindo demais trabalhadores.
“Os dois esquemas [FGTS e seguro-desemprego] poderiam ser combinados para economizar recursos e reduzir as contribuições e poderiam servir como um mecanismo de recarga individual para uma rede de segurança social universal, de base familiar, em que os benefícios não estão condicionados ao emprego formal”, informou o relatório.
A instituição registrou ainda que entre os efeitos da pandemia, o Brasil registrou um aumento de 40% no índice de trabalhadores informais. Em resposta as afirmações, Bruno Funchal, informou que estará passando o documento para que sua equipe inicie um processo de análise.
“É importante discutir novos modelos, que sejam mais eficientes pelo lado do gasto. Isso é relevante e deve entrar na discussão”, declarou.