Seguro desemprego será pago aos que viviam em escravidão NESTAS condições

Trabalhadores em regime similar a escravidão devem ser acobertados pelo seguro desemprego. No último domingo (20), o Fantástico apresentou o caso da empregada doméstica Madalena Gordiono, que há mais de 38 anos prestava serviço para uma família sem receber salário ou ter direitos trabalhistas. Apesar de chocante, o caso é apenas 1 entre mais de 1,2 mil denúncias registradas por ano.

Seguro desemprego será pago aos que viviam em escravidão NESTAS condições (Foto: Google)
Seguro desemprego será pago aos que viviam em escravidão NESTAS condições (Foto: Google)

Apesar do Brasil ter implementado as leis de trabalho há décadas, ainda há inúmeros casos de denuncias quanto ao trabalho escravo. Pessoas negras, sem acesso a educação e informação, diariamente são mantidas em cárcere obrigadas a trabalhar para grupos com um maior domínio financeiro. Uma vez encontradas, estas passam ter acesso ao seguro desemprego.

Como funciona a lei do seguro desemprego?

Ao se falar sobre o benefício, primeiramente a grande maioria das pessoas o associam aos pagamentos liberados quando o trabalhador é demitido sem justa causa. Porém o mesmo cumpre uma função ainda maior, de segurar aqueles que estão trabalhando em regime escravocrata.

Uma vez em que se identifica que uma pessoa está exercendo atividades de trabalho, sejam elas intelectuais ou manuais, sem receber salário e os demais benefícios segurados pelas leis do trabalho, é preciso levar o caso a justiça.

Essa pessoa, além de resgatada e orientada, passa a ter direito ao seguro desemprego, onde são concedidas parcelas com base no salário mínimo para que a mesma possa se restabelecer durante determinado período de tempo.

O pagamento lhe é feito mensalmente, entre três a cinco meses, até que a pessoa encontre uma nova forma de renda ou estabeleça seu contato familiar. No entanto é preciso ficar atento, pois a falta de informação inviabiliza a grande maioria dos registros.

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É preciso denunciar

Assim como Madalena, parte das pessoas que são mantidas em trabalho escravo não obtém informações necessárias para entender a realidade vivenciada.

Dessa forma, é preciso ter atenção ao entorno para a realização das denúncias, que segundo o Ministério Público, em sua grande maioria são feitas por terceiros que desconfiam dos trabalhos do funcionário e seu relacionamento com o patrão.

Algumas das características desse tipo de regime escravocrata atualmente é a ‘adoção’ familiar, onde o funcionário passa a fazer parte da rotina da casa dos patrões, sendo colocado como um membro da família, mas não tem o direito de receber salário, férias, estudar ou até mesmo manter contato com seus próprios parentes. Ao ver um caso como esse, o MP recomenda um contato imediato para uma investigação.

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Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.
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