Eletrobras e Correios são confirmadas para privatizações em 2021

Se depender da vontade do governo, o próximo ano será marcado pelas privatizações de quatro companhias: Eletrobrás, Correios, o Porto de Santos e a PPSA (responsável pelos contratos do pré-sal). Estas privatizações foram anunciadas pelo ministro Paulo Guedes em uma entrevista sobre o balanço de fim de ano da pasta.

Eletrobras e Correios são confirmadas para privatizações em 2021 (Imagem: Fernando Rodrigues em parceria editorial do Poder 360 com o SBT )

O ministro considerou a venda das quatro estatais como óbvias em 2021. A justificativa é a necessidade de chamar a atenção de investidores privados e por um fim na corrupção.

Sobre a Eletrobras, Guedes afirmou que a empresa necessita investir R$17 bilhões por ano e que atualmente consegue apenas R$3,7 bilhões. Ele diz que o governo federal não possui muita capacidade fiscal para cobrir os problemas financeiros da empresa.

A respeito dos Correios, o ministro alertou pra necessidade de salvar a empresa antes que ela deixe de ser funcional. Disse também que a privatização é importante para garantir o pagamento das aposentadorias dos funcionários que contribuem para o fundo de pensão da empresa.

O trabalho da PPSA foi considerado “patético”. Na avaliação de Guedes, os R$100 bilhões de contratos sob administração da estatal são um “pretexto para a corrupção”.

Guedes considera que além da crise causada pelo coronavírus, que impactou os preços de ativos financeiros no mundo todo, a resistência dos ministros do próprio governo e um acordo entre partidos de centro com legendas de esquerda na Câmara dos Deputados, prejudica o andamento das privatizações.

Ceagesp

Com relação a privatização da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Guedes disse que o presidente Jair Bolsonaro decidiu adiar a venda para dar tempo de “extinguir a corrupção” na empresa.

“O presidente disse que tem muita roubalheira lá. Disse que, antes de privatizar, precisa dar uma limpada lá”, disse Guedes.

Ele lembrou que a empresa está localizada em uma região nobre de expansão imobiliária na capital de São Paulo e pode ser avaliada em R$ 40 bilhões.

“Num programa de privatização, pode dar propriedade de box para quem está lá. Seria a democratização do capital público. A privatização pode ser feita com um resultado de ganha-ganha”, explicou.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.