Entenda como Bitcoin alcançou recorde de valor durante a pandemia

Em um ano que será lembrado para sempre pela pandemia do coronavírus, o Bitcoin bateu seu recorde histórico ao passar da marca de U$$20 mil, o que corresponde a cerca de R$100 mil em reais. A moeda virtual marcada pela sua volatilidade, cresceu mais de 170% no mercado de ações em meio à crise provocada pela Covid-19.

Ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, acredita que Bitcoin não irá adiante
Entenda como Bitcoin alcançou recorde de valor durante a pandemia (Imagem: Jack Guez AFP)

Na última quarta-feira, 16, o Bitcoin deu um salto de 4,5%, impulsionado pela demanda de grandes investidores que ficaram interessados em seus lucros rápidos. É esperado também que a moeda virtual possa aumentar sua presença ao se tornar um meio de pagamentos em empresas como Microsoft e Starbucks.

Porém como foi dito, o Bitcoin é uma moeda instável e os investidores vem sentindo esta característica. Em novembro, a moeda passou de U$$19 mil e logo após caiu vertiginosamente.

A moeda virtual já ficou próxima dos U$$20 mil em 2017, porém também registrou grandes quedas chegando a atingir menos de U$$3.300.

O Bitcoin é muito negociado da mesma forma que as moedas reais, como o dólar americano e a libra. A moeda possui também grande aceitação como forma de pagamento em plataformas como o PayPal, e outras que estão passando a aceitar as moedas digitais.

No último mês, o PayPal anunciou que os usuários podem comprar, vender e manter Bitcoins e criptomoedas utilizando suas contas. Com isso os usuários poderão comprar produtos dos 26 milhões de vendedores da plataforma.

O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, fez um alerta sobre o uso do Bitcoin como forma de pagamento.

“Tenho que ser honesto, é difícil ver que o Bitcoin tem o que tendemos a chamar de valor intrínseco. “Pode ter valor extrínseco no sentido em que as pessoas desejam,”disse Bailey.

Ele se mostrou preocupado com o uso da moeda virtual nos pagamentos e disse que os investidores devem prestar atenção em seu valor extremamente volátil.

“Sua enorme volatilidade dificilmente o torna um porto seguro como reserva de valor. Tenho muito mais confiança na nota de US$ 50 em minha carteira, mantendo seu valor ao longo do tempo, do que no Bitcoin, que parece oscilar como um ioiô”, explicou.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.