Renda Cidadã: O que o governo já propôs para criar uma NOVA marca social?

O Renda Cidadã foi uma das propostas defendidas pela equipe do presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido), com o intuito de substituir o Bolsa Família da gestão petista. Além disso, pretende substituir o auxílio emergencial criado durante o atual período de calamidade pública vivenciado no mundo, devido à pandemia de Covid-19.

Renda Cidadã: O que o governo já propôs para criar uma NOVA marca social?
Renda Cidadã: O que o governo já propôs para criar uma NOVA marca social? (Imagem: Montagem/FDR)

O Renda Cidadã veio após muito confusão e cancelamento do Renda Brasil elaborado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. De autoria do senador Márcio Bittar (MDB-AC), assim como o programa antecessor, causou muita confusão ao propor alguns meios de financiamento não muito bem aceitos.

A tentativa de criar um programa de transferência de renda veio após o anuncio do encerramento dos pagamentos do auxílio emergencial no final deste ano e a impossibilidade de sua prorrogação.

Por esse motivo, mesmo o presidente vindo a público afirmar que continuará pagando o Bolsa Família em 2021, ainda se sabe que dentro do Palácio se discute a criação de um programa de transferência de renda para ser a marca do atual governo.

Sem nenhum programa para substituir o auxílio emergencial o início de 2021 contará com um grande número de brasileiros sem recursos para manter suas famílias e despesas.

Pensando nisso, a equipe econômica e o presidente temem na queda da retomada da economia do país, já que o auxílio foi um dos grandes responsáveis por sua recuperação, mesmo diante da atual situação.

Propostas do presidente Bolsonaro

Em dezembro de 2019, o presidente já anunciou o Renda Brasil. Porém, a equipe econômica sugeriu algumas propostas para financiar que desagradou Bolsonaro e os brasileiros, como o congelamento de aposentadorias, unificação de benefícios (seguro defeso, abono salarial e o salário família) e o cancelamento de outros programas sociais, como a Farmácia Popular.

Em seguida veio o Renda Cidadã que propôs usar 5% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação e quase todo o precatório, ou seja, o valor destinado ao pagamento de que o ente público tem com o autor da ação.

Com isso, o mercado financeiro teve uma reação imediata, com a bolsa de valores caindo mais de 2% no dia do anúncio.

Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.