A Petrobras anunciou que a partir de hoje, 3, vai aumentar em cerca de 5% a média dos preços do gás tipo GLP vendido em suas refinarias. Este tipo de gás é o utilizado nas cozinhas.
O novo aumento acontece menos de um mês após o último reajuste nos preços e do anuncio da entrada da bandeira vermelha, patamar 2, no sistema elétrico que vai causar aumento nas contas de luz neste fim de ano.
Com esse novo reajuste, o preço em média do GLP vendido pela Petrobras corresponderá a R$33,89 por cada botijão de 13 quilos.
O último aumento de preços também foi de 5% no último dia 4 de novembro. Considerando 2020, o gás GLP registra uma alta de 21,9% nas refinarias que realizam a vendas para as distribuidoras.
Segundo a Petrobras, tendo como base os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), nos últimos sete dias de novembro, a parcela da companhia equivalia a 43% do preço para os compradores finais.
Os 57% restantes são compostos pelas margens dos distribuidores e revendedores e também dos impostos.
A Petrobras explicou em nota que a definição dos preços do gás GLP nas refinarias “segue a dinâmica de commodities em economias abertas”.
Isso significa que os preços usam como base o preço do combustível no mercado internacional acrescido dos custos de importação do GLP, que engloba também logística de transporte.
Do mês de janeiro até março de 2020, a estatal fez cinco reduções nos preços do GLP, seguindo a queda vertiginosa nos preços do petróleo no mercado exterior após o início da pandemia do coronavírus.
No acumulado, as reduções chegaram a 21,4%, porém no mês de maio a estatal aplicou nove aumentos no produto em duas refinarias acompanhando a recuperação nos preços do petróleo no exterior e também a alta do dólar que acaba influenciando o custo de derivados como o gás GLP.
Preço da gasolina tem redução de 2%
Petrobras anunciou que vai reduzir em 2% o preço médio da gasolina nas refinarias a partir de hoje. A cotação do diesel não sofrerá alterações. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa da estatal.
Esta é a primeira redução no preço da gasolina após duas altas consecutivas no último mês. Os aumentos foram de 4% e 6% respectivamente.
Mesmo com os aumentos nas refinarias, o repasse para o consumidor nas bombas dos postos não é garantida e está sujeita a muitos fatores, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.