A moeda digital do Facebook, a Libra, tem a previsão de lançamento para janeiro do próximo ano, segundo o Financial Times. A informação aconteceu na última sexta-feira (27). Três fontes envolvidas no projeto foram citadas pelo jornal.
A iniciativa da criptomoeda foi anunciada no ano passado, com lastro em variadas moedas e títulos de dívida governamental. No entanto, órgãos reguladores impediram o prosseguimento do projeto.
Diante da preocupação demonstrada pelo projeto do Facebook, algumas mudanças devem ser tomadas para a regulação.
A emissora e administradora da moeda digital, Libra Association, pretende lançar uma única moeda lastreada em dólar, segundo o jornal.
O Facebook está incluso entre os 27 membros da Libra Association. Essa associação busca a aprovação do regulador dos mercados da Suíça para a emissão de diversas “stablecoins” lastreadas em moedas tradicionais individuais, assim com um token baseado em “stablecoins” indexado às moedas.
Conforme indicado pelo jornal Financial Times, o novo plano do órgão seria de que outras moedas lastreadas em moedas tradicionais seriam introduzidas posteriormente.
Preocupações anteriores com a moeda digital
Em junho de 2019, o Facebook havia anunciado a criptomoeda Libra. Com isso, a empresa pretendia entrar nos serviços financeiros. Uma nova subsidiária, a Calibra, também havia sido indicado.
Na ocasião, a empresa havia comunicado que o primeiro produto a ser lançado pela Calibra seria a carteira digital para o Libra. A disponibilidade da carteira seria por meio do WhatsApp, Messenger e um aplicativo independente.
Apesar disso, houve rejeição da inciativa por levantar preocupações sobre o funcionamento futuro. Segundo o presidente do Fed — Banco Central dos Estados Unidos —, Jerome Powell, no ano passado, a moeda Libra trazia sérias preocupações e precisaria de revisão regulatória.
Os motivos para o receio diante do uso da moeda digital seriam por conta da privacidade, lavagem de dinheiro, proteção ao consumidor e a estabilidade financeira. Diante disso, ele disse que essas preocupações deviam ser abordadas de forma completa e pública.
O presidente da Fed destacou que é a favor da inovação financeira. No entanto, ele ressalta que deve ocorrer com a identificação dos riscos apropriados.