Quer ser acionista do Uber? Proposta inclui entregadores como sócios da empresa

Já pensou passar de colaborador para acionista na empresa que você presta serviços? Esta é a intenção de uma proposta da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) que deseja tornar os motoristas e entregadores de aplicativos como Uber, Lyft, Airbnb, por exemplo, em acionistas destas plataformas. A intenção é conceder melhores condições de trabalho.

Quer ser acionista do Uber? Proposta inclui entregadores como sócios da empresa
Quer ser acionista do Uber? Proposta inclui entregadores como sócios da empresa (Foto: Google)

Já existem outras propostas que buscam transformar os motoristas, entregadores e demais profissionais como funcionários destas empresas de tecnologia.

A diferença é que a proposta citada acima visa conceder uma parcela das ações a estes colaboradores com aval do setor privado. Uber e Airbnb já estão insistindo na possibilidade junto à SEC.

Um empecilho neste caminho é que uma mudança como esta não é fácil de se realizar e uma proposta semelhante feita em 2019 já foi rejeitada pelo órgão americano.

Mas a nova tentativa pode obter um resultado positivo, já que a SEC se mostra mais disposta a sugerir as mudanças nas regras trabalhistas dos gig workeds, que são os profissionais que trabalham com serviços oferecidos através de aplicativos.

O Rule 701, que é o programa-piloto que vai avaliar em um período de cinco anos as novas relações de trabalho dos profissionais com plataformas digitais aponta a possibilidade de que as companhias concedam ações para os trabalhadores.

Existe uma limitação de 15% do valor da remuneração recebida durante os últimos 12 meses. O valor da bonificação também não pode passar de 75 mil dólares dentro de um período de 36 meses.

Nos últimos anos, com o crescimento acelerado destas empresas que oferecem serviços por aplicativo como o Uber, 99 e até mesmo as com forte presença em nosso país, vem recebendo críticas relacionadas as baixas remunerações pagas aos colaboradores.

Nos Estados Unidos, esta mudança elaborada pela SEC prevê um respiro para estes trabalhadores que não possuem seguro-saúde, férias, licença médica entre outros benefícios.

As companhias enxergam que este seria um jeito de compensar os seus colaboradores sem que precisem efetivamente “colocar a mão no bolso”.

A proposta ainda vai enfrentar a avaliação pública, em que qualquer pessoa pode dar sua opinião a respeito da proposta em um prazo de 60 dias e sugerir mudanças.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.