Auxílio emergencial foi usado de forma INUSITADA durante eleições municipais de 2020

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou que cerca de 64 mil beneficiários do auxílio emergencial estavam entre os doadores de campanhas do primeiro turno das eleições municipais deste ano de 2020. Ou seja, a quantia que deveria ser usada para complementar a renda na crise, foi doada para campanha política.

Auxílio emergencial foi usado de forma INUSITADA durante eleições municipais de 2020
Auxílio emergencial foi usado de forma INUSITADA durante eleições municipais de 2020 (Foto: Google)

Esses doadores foram responsáveis por repasses que somam mais de R$54,5 milhões.

Nesta segunda-feira (23), o levantamento foi realizado pelo Núcleo de Inteligência da Justiça Eleitoral do tribunal.

As informações foram obtidas depois de um cruzamento de dados que fazem parte de seis órgãos federais, como Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e Ministério Público Eleitoral (MPE).

Os técnicos inseriram ainda no sistema a lista dos beneficiados com os pagamentos do auxílio emergencial, além daqueles que recebem o Bolsa Família.

De acordo com os técnicos, a realização das análises do auxílio emergencial impactou de forma significativa no total de doações e pagamentos com suspeitas de irregularidades. Com isso, estão sendo investigados cerca de R$589 milhões.

Esta análise apontou que houve 31.725 empresas fornecedoras de campanha, no qual o quadro societário inclui beneficiários do programa Bolsa Família ou do auxílio emergencial.

De acordo com a prestação de contas, essas empresas foram contratadas para prestar serviços para as campanhas e receberam pagamento de R$386 milhões.

No dia 16, que foi a etapa anterior de verificação, os dados só levavam em conta os beneficiários do Bolsa Família.

Na checagem haviam sido identificados 1.289 fornecedores com beneficiários do programa social entre os sócios, e que tinham recebido um total de R$ 940 mil.

Ainda foram identificados:

As informações serão analisadas pelos juízes eleitorais que podem solicitar novas investigações

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