Gasto para prorrogar auxílio de R$300 tem projeção impressionante e preocupa governo

Com a possibilidade do enfrentamento de uma segunda onda da Covid-19 e com a dificuldade de definir um programa para substituir o auxílio emergencial, como o Renda Brasil ou Renda Cidadã. Prorrogar auxílio de R$300 por mais três meses é uma das alternativas defendidas por parlamentares.

Gasto para prorrogar auxílio de R$300 tem projeção impressionante e preocupa governo
Gasto para prorrogar auxílio de R$300 tem projeção impressionante e preocupa governo (Imagem: Reprodução/Google)

Parlamentares têm defendido a proposta de prorrogar auxílio de R$300 nos primeiros meses de 2021, para dar tempo ao governo de criar o Renda Brasil ou o Renda Cidadã.

É importante lembrar que o auxílio emergencial já possui data para o seu fim, 31 de dezembro, deixando milhares de brasileiros sem ajuda financeira para o enfrentamento da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19.

A proposta é que a prorrogação dê tempo para criar o novo programa de transferência de renda que deve substituir o auxílio emergencial e o Bolsa Família, criado durante o governo do ex-presidente Lula em 2003.

Mesmo o governo indo contra a possibilidade de prorrogação, no Congresso Nacional a proposta tem se fortalecido.

O vice-líder do PSD no Senado, Vanderlan Cardoso (GO), afirmou seu apoio sobre a prorrogação, porém, deixou claro que não é uma ideia pelo governo.

“Eu acredito que vai se estender por pelo menos mais dois ou três meses, pelo menos no início do ano. Essa pandemia até o fim do ano não vai diminuir assim, e o decreto é o caminho”.

Caso a prorrogação seja aprovada, essa trará ao governo um gasto de R$ 25 bilhões por mês com parcelas de R$300.

Paulo Guedes se posiciona sobre a prorrogação

Na semana passada o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a possibilidade de prorrogação do auxílio emergencial, caso o país fosse atingido por uma segunda onda de Covid-19.

Porém, na última segunda-feira (16) voltou atrás e negou ambas as possibilidades.

“Não é nossa intenção, não é o que o presidente disse, não é o que o ministro quer de maneira alguma. Temos de ter responsabilidade pelo nosso Orçamento e mostrar que temos responsabilidade e força para pagar pela nossa própria guerra, e não deixar [a conta] para nossos filhos”, disse Guedes.

Mesmo assim, afirmou que é necessário deixar uma brecha para o uso de um orçamento de guerra caso precise.

“Se a Covid voltar em 2021, é diferente. Mas é totalmente indesculpável usar uma doença para pedir estímulo artificial. Isso é uma fraude, é falso, é indesculpável, é má politica. É comprometer a futura geração por um ato covarde”.

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Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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