Como o desemprego influencia na queda do lucro do FGTS? Entenda essa relação

Com o aumento do desemprego no ano de 2020, o lucro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) deve diminuir. De acordo com integrantes do conselho curador do FGTS, em entrevista ao portal UOL, a expectativa é de que o lucro chegue a 6,9 bilhões, até o final do ano. Mas, como o desemprego influencia na queda do lucro?.

Como o desemprego influencia na queda do lucro do FGTS? Entenda essa relação (Imagem: Thiago Freitas/Extra)

Conforme destacado por um dos integrantes do conselho curador, ao portal UOL, “com o aumento do desemprego, mais pessoas sacaram recursos do fundo em 2020 e ainda começaram outras modalidades de saques, como o aniversário. Isso afetará o resultado do fundo”, disse. 

Aliás, para efeitos de comparação, no ano de 2019 o lucro líquido do FGTS foi de R$ 11,3 bilhões. Desse número, foram distribuídos cerca de R$ 7,5 bilhões para trabalhadores cotistas. 

Sendo assim, se a expectativa do lucro do FGTS para este ano se concretizar, a queda em relação ao ano anterior poderá chegar a 39%.

Em contrapartida, esse número poderá ter um crescimento gradativo nos próximos anos. Conforme apresentado aos conselheiros do FGTS, para 2021 a expectativa é de que o lucro chegue a R$ 7,3 bilhões. Já em 2022, a expectativa é de que o aumento seja para R$ 7,7 bilhões. 

Contudo, os números apontam uma queda de 2022 para 2023, chegando a R$ 7,6 bilhões. De acordo com um conselheiro, os resultados podem variar das expectativas. 

Essas estimativas são conservadoras e o resultado pode melhorar com o aumento da geração de emprego. Isso dependerá do ritmo de recuperação da economia. Acredito que o lucro pode aumentar nos próximos anos“, disse ao UOL. 

Desemprego no Brasil 

Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, de janeiro a setembro deste ano, 558.597 trabalhadores perderam o emprego no país. 

Boa parte desse número, aliás, por conta da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). 

Já durante o mês de outubro,  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, por meio do PNAD COVID19, em um levantamento baseado entre os 20 a 26 de setembro, que o Brasil alcançou a marca de 14 milhões de desempregados.

Para se ter uma ideia, em maio esse número era de 10,5 milhões. Entre as regiões mais afetadas está o sudeste, que concentra mais de 6,3 milhões de desempregados. 

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