Poupança deve assegurar o consumo após o fim do auxílio emergencial, diz Bradesco

A poupança pode ser a solução para elevar o consumo, após o auxílio emergencial. De acordo com o economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, esta opção financeira familiar poderá fazer com que a economia apresente resultados positivos ao país.

Economista-chefe do Bradesco acredita que a Poupança deve assegurar o consumo após o fim do auxílio emergencial
Economista-chefe do Bradesco acredita que a Poupança deve assegurar o consumo após o fim do auxílio emergencial (Imagem: Breakingpic/Pexels)

A declaração aconteceu no evento Bradesco Day. Caso o governo não prorrogue o auxílio emergencial, o especialista acredita que haverá uma redução dessa massa no início do ano que vem.

“Ainda assim, além do fato de que muitas das políticas continuarão estimulando a economia, como crédito, taxas de juros e a prorrogação de alguns programas, a poupança formada pelas famílias devem compensar o consumo perdido com o auxílio”, afirma.

Durante a pandemia, o país teve um grande impacto na economia, a partir de março. Por conta das medidas de isolamento, o consumo apresentou redução. Como forma de auxiliar a população, o governo implementou este benefício para auxiliar as pessoas com menos condições financeiras.

O auxílio emergencial beneficiou 67,7 milhões de pessoas. Com a prorrogação do programa, o custo total foi de R$ 321,8 bilhões, segundo o IBGE, BC, Caixa Econômica e Ministério da Economia.

O economista apontou que o acúmulo de depósitos bancários aumentou em 33% de janeira a outubro deste ano. O valor passou de R$ 2,4 trilhões para R$ 3,2 trilhões.

A caderneta de poupança tem apresentado alta no saldo desde fevereiro deste ano. No segundo mês do ano, o estoque de dinheiro aplicado foi de R$ 834,4 bilhões. Já em setembro, saldo ultrapassou R$ 1 trilhão.

Com isso, Fernando Honorato alega não acreditar que haja uma grande queda do PIB no primeiro trimestre do ano que vem. Apesar da iminente desaceleração da economia, não haveria uma recessão semelhante ao que aconteceu neste ano.

Números do Bradesco

A apresentação do evento também indicou os números do Bradesco, com o título: “O Banco mais próximo do cliente no Brasil”. Conforme indicado, o banco possui 69,5 milhões clientes, sendo 31,9 milhões de correntistas. Sobre os correntistas digitais, o número é de 21 milhões.

Para realizar as operações, são 3.795 agências registradas. O uso digital também teve destaque da instituição. Por volta de 98% das transações foram realizadas em canais digitais. Pelo celular, foram feitas 638 mil aberturas de contas.

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.