Renda Brasil vira problema para governo Bolsonaro e perde chances de validação

Nesta quinta-feira (12), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que caso o país sofra uma nova onda de Covid-19, o auxílio emergencial será prorrogado com “certeza”. Com isso, deixa mais claro que o Renda Brasil está fora de cogitação para o próximo ano.

Renda Brasil vira problema para governo Bolsonaro e perde chances de validação
Renda Brasil vira problema para governo Bolsonaro e perde chances de validação (Imagem: Reprodução/Google)

O Renda Brasil foi o programa social apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com o intuito de substituir o Bolsa Família criado durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2003.

Na época, Lula propôs a unificação de programas do presidente Henrique Cardoso, como Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Auxílio-Gás.

Após várias discussões com a equipe econômica, Bolsonaro cancelou o novo programa de transferência de renda, proibindo que seus aliados falassem sobre o tema.

Porém, poucos dias após a decisão, parlamentares começaram a questionar a importância de um programa que garanta a alimentação da população mais vulnerável, após o fim do auxílio emergencial.

Com permissão do presidente, o senador Márcio Bittar (MDB-AC) começou a elaborar um novo projeto, intitulado Renda Cidadã.

Sua ideia era usar parte dos recursos destinados ao Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e os precatórios, para financiar o projeto.

Porém, mais uma vez, a proposta não foi bem aceita pela população, parlamentares e especialistas. O problema foi tão grave que afetou até o valor do real. Com isso, Bolsonaro, mais uma vez, veio a público desmentir a ideia e cancelar o novo programa.

Renda Brasil

O Renda Brasil foi apresentado em agosto pelo presidente e pelo ministro da economia, Paulo Guedes, sendo anunciado como substituto do auxílio emergencial e Bolsa Família. Na época, o ministro ficou de apresentar de onde sairia os recursos para o financiamento.

A primeira proposta foi à unificação dos programas: Bolsa Família, abono salarial, seguro-defeso e salário família.

Porém, com a possibilidade de ter direitos garantidos ao trabalhador cancelado, o presidente não aprovou a ideia, afirmando que não tiraria dinheiro dos pobres para oferecer aos paupérrimos.

Em seguida, Guedes sugeriu o congelamento de aposentadorias e o fim de programas, como farmácia popular que segundo ele não estava cumprindo com o seu propósito.

Essa ideia gerou muita polêmica e fez com que Bolsonaro viesse a público, através de suas redes sociais, cancelar o programa social, garantindo o pagamento do Bolsa Família até ano que vem.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.