Futuro dos projetos socias brasileiros parece ser decidido por meio da praticidade. Nessa semana, fontes oficiais do governo federal informaram que o presidente Jair Bolsonaro não irá criar o novo Renda Cidadã e também não renovará o auxílio emergencial. De acordo com as informações concedidas, o plano para garantir a agenda popular do gestor é manter o Bolsa Família que deverá passar por uma renovação.
Desde o primeiro semestre deste ano se fala na possibilidade de criar um novo projeto social para substituir o Bolsa Família. A iniciativa foi elaborada pelo próprio Bolsonaro e sua equipe, mas tornou-se um grande obstáculo para a sua governança.
Diante do aperto na folha orçamentária e atraso na validação dos projetos, o chefe de estado passou a optar pela manutenção do atual BF.
A ideia, não oficialmente publicada até o momento, é dar fim as propostas de novos projetos e cancelar definitivamente o auxílio emergencial.
Dessa forma, para sobrepor as pautas e beneficiar os menos favorecidos a partir de 2021, Bolsonaro deseja aumentar o número de pessoas contempladas pelo Bolsa Família.
Nesse momento o programa ajuda cerca de 14,2 milhões de famílias. Ele deseja inserir ao menos mais 3 milhões de novas pessoas, sendo parte desses inscritos aqueles que estavam sendo contemplados pelo auxílio emergencial.
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Para poder sustentar a ação, o governo prevê realizar alterações em outros programas sociais. No entanto tais informes ainda não foram divulgados.
Sabe-se que Bolsonaro não aprovou o andamento das propostas anteriores, como o congelamento de reajustes nos salários do INSS, tendo em vista a repercussão negativa em sua campanha eleitoral.
Para 2021 o esperado é que sejam disponibilizado cerca de R$ 34,8 bilhões para a manutenção do Bolsa Família. Porém, caso o aumento das famílias aconteça essa renda deverá ser ainda maior.
Em comparação com o ano passado o valor concedido é quase 5 bilhões a mais. Para 2020 o programa contou com o suporte de R$ 29,5 bilhões.
O pronunciamento oficial sobre tais pautas só deverá ocorrer após as eleições 2020. A decisão de adiar o projeto foi tomada pelo próprio Bolsonaro sob a justificativa de não facilitar nas estratégias de campanha dos seus opositores.