Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), a inadimplência do cartão de crédito volta a atingir patamares anteriores aos do período da pandemia. De julho a setembro de 2020, houve queda no nível apontado. Os dados foram divulgados no balanço do terceiro trimestre sobre os meios eletrônicos de pagamento.
Em julho deste ano, o índice da inadimplência chegou a 7,4%. No mês seguinte chegou a 6,8%. Já em setembro, o ultimo mês registrado na pesquisa, o valor foi de 6,3% — o mesmo do mês de fevereiro de 2020.
O segundo trimestre deste ano foi o período em que houve o pico de inadimplência do cartão. Em abril, o nível esteve em 7,6%. Maio foi o pior mês registrado, com 7,8%. Em seguida, o mês de junho houve recuo para 7,6%.
O presidente da Abecs, Pedro Coutinho, relata que a queda aconteceu por conta da diminuição dos gastos. Entre os exemplos citados de redução, estão as viagens para o exterior, o turismo interno, e as idas ao restaurante com a família. Como resultado, o dinheiro para pagar o cartão foi preservado.
Digitalização da economia
A pesquisa também apontou que o uso de cartões de forma remota teve aumento de quase 49,3% nas compras. No terceiro trimestre de 2020, o valor registrado foi de R$ 126,2 bilhões.
Desse total, R$ 99,6 bilhões se referem às aquisições pelo cartão de crédito. Pelo cartão de débito, o valor foi de 25,6 bilhões Outros R$ 982,4 milhões foram em compras aconteceram pelo cartão pré-pago.
O acumulado deste ano, de janeiro a setembro, o valor total de compras remotas com cartão esteve em R$ 306 bilhões. No terceiro trimestre de 2019, a quantia registrada havia sido de R$ 84,5 bilhões.
A variação anual das transações remotas tiveram os maiores índices nos meses de julho a setembro, comparado aos outros meses do ano. Julho foi o período com maior registro, aos 63,5%. Em agosto, o valor foi de 42,6% e, em setembro, foi de 43,4%.
“Os meios eletrônicos de pagamento ajudam o brasileiro a atravessar esse período de crise com mais segurança e conveniência, acompanhando a mudança do comportamento de consumo e impulsionando também os resultados do varejo, principalmente no comércio eletrônico”, alega o presidente.
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