O Brasil tem acompanhado o apagão no Amapá que dura mais de uma semana. Quem mora no estado reclama que o rodízio de fornecimento de luz por períodos de seis horas por regiões, adotado desde sábado (7), não está funcionando. Ao todo, 13 dos 16 municípios do Amapá foram afetados pelo apagão.
O rodízio é de responsabilidade da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), que recuperou apenas 65% do sistema elétrico. Moradores relatam que, em alguns lugares, a energia voltou por apenas duas horas e caiu novamente.
No domingo (8), a Justiça Federal determinou o prazo de três dias para que o fornecimento de energia elétrica seja restabelecido plenamente em todo o Amapá, sob multa de R$ 15 milhões. Isso significa que a situação tem que estar plenamente resolvida até a quarta-feira (11).
Para cumprir o prazo, o estado aguarda a chegada de geradores termoelétricos e manutenção da hidrelétrica Coaracy Nunes.
A Isolux, empresa responsável pela manutenção do serviço da subestação que causou o apagão, deve entregar um plano de ação para resolução do problema e cumpri-lo. Caso contrário, a multa seria de R$ 100 mil no caso de descumprimento.
Entenda o apagão no Amapá
Vale lembrar que o apagão acontece desde o dia 3 deste mês e afeta diretamente cerca de 765 mil pessoas. A causa teria sido um incêndio na principal subestação do estado.
A distribuidora de energia conta com três transformadores de energia para atender o estado, sendo que um deles foi atingido por um raio, que causou um incêndio, e acabou atingindo os outros dois, comprometendo o funcionamento de todos.
A falta de luz compromete também o fornecimento de água potável, no funcionamento de telecomunicações, entre outros problemas.
A expectativa do Ministério de Minas e Energia é que a retomada da distribuição de energia no estado seja totalmente restabelecida até o próximo fim de semana.
Nesta terça-feira (10), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, anunciou a abertura de uma investigação para apurar as causas do apagão e analisar se realmente teria sido causado pelo incêndio, como alega a distribuidora.