Moradores do Macapá relatam perda de alimentos, ataque de mosquitos e medo de violência

O estado do Amapá está realizando rodízio no fornecimento de energia, mas as falhas são constantes e isso tem gerado confusão para os moradores. Na capital Macapá, os relatos são de longos períodos sem energia elétrica em casa. 

Moradores do Macapá relatam perca de alimentos, ataque de mosquitos e medo de violência
Moradores do Macapá relatam perca de alimentos, ataque de mosquitos e medo de violência (Foto: Google)

O desabastecimento faz com que hajam dificuldades para armazenar os alimentos e enfrentar o forte calor da região.

Algumas residências fizeram a entrada da casa de quarto de dormir, são essenciais os repelentes e velas para afastar os mosquitos borrachudos da Amazônia.

O estado está sem abastecimento de energia desde terça-feira (3), após um incêndio na única subestação do estado, que faz a distribuição de energia.

Ontem (9), o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse, em entrevista à rádio CBN, que o restabelecimento de 100% da energia seria feita hoje, como foi determinada pela Justiça.

A Campanhia Elétrica do Amapá (CEA), decidiu organizar horários específicos de geração de energia para os 16 municípios do estado, por conta da dificuldade de fazer com que o sistema consiga distribuir o volume de eletricidade necessário para atender o estado inteiro.

De acordo com os moradores, esse revezamento não está sendo respeitado e com isso eles ficam sem energia.

Alimentos

As prateleiras dos supermercados não conseguem a reposição completa. Os alimentos como carne e pão são alguns dos itens que somem em segundos após a reposição. 

A quantidade dos alimentos foi reduzida para que seja evitada a perda, principalmente daqueles que precisam de refrigeração para manter bem armazenado.

Essa falta de energia também reflete no trânsito, pois diversos pontos das cidades estão com os semáforos apagados.

Os postos de gasolinas estão abarrotados de pessoas abastecendo os seus carros para poderem circular se houver necessidade.

De acordo com a pedagoga Christiane Jaccoud, andar de noite em Macapá é um perigo. Ela informou que no último sábado (7), depois que voltou para casa, ela se deparou com barricadas de pneus e madeira queimados e policiais armados correndo atrás dos moradores que se manifestavam nas ruas.

“Estávamos em meio a uma troca de tiros. Para sair daquela situação foi preciso saltar do carro e arredar a barreira (de pneus e madeira) Surreal. Inadmissível que estejamos nesse caos entregues à própria sorte”, contou.

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