Na manhã desta quinta-feira (5), os prêmios pagos pelos títulos públicos que foram negociados pelo Tesouro Direto registram queda, em mais um dia de atenções direcionadas à apuração de votos das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
O título indexado à inflação com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 2,93%, ante 2,98% a.a. na tarde de ontem. O juro pago pelo mesmo papel com prazo de vencimento em 2035, por sua vez, saiu de 4,17% para 4,11% ao ano.
Entre os papéis com retorno prefixado, o com vencimento em 2026 ofertava um prêmio anual de 7,39%, frente à taxa de 7,42% paga anteriormente. O Tesouro Prefixado com juros semestrais 2031 pagava atualmente uma taxa de 7,74% ao ano, ante 7,77% a.a. na véspera.
EUA ainda não possui um presidente definido
No cenário internacional, as atenções estão direcionadas para a continuidade da contagem de votos das eleições presidenciais norte-americanas.
Até o momento, nenhum dos candidatos alcançou os 270 colégios eleitorais necessários para conseguir ganhar, porém Joe Biden lidera com 264 delegados, próximo do mínimo preciso, ante os 214 de Donald Trump.
Depois de ter ganho nos estados de Michigan e Wisconsin, o candidato democrata necessita somente de mais um estado de destaque, como Nevada, onde ele está liderando, ou Geórgia, onde sua campanha acredita que os votos ausentes o levarão ao topo.
Em meio ao levantamento divulgado até o momento, Trump afirmou que vai recorrer à Suprema Corte para a suspensão da apuração de votos. “Esta é uma grande fraude sobre nossa nação”, disse. “Queremos que a lei seja usada de maneira adequada.”
O mercado também faz avaliação sobre a nova composição do Congresso americano. Até a noite de ontem, democratas pareciam em vias de controlar a Câmara dos Deputados, enquanto republicanos pareciam controlar o Senado.
Na manhã desta quinta-feira (5), o controle republicano ainda não parece assegurado, mas também não há previsão de uma possível supremacia democrata.
A projeção de um Congresso dividido entre democratas e republicanos é vista com bons olhos por uma parte dos investidores, que temem que um governo democrata excessivamente forte levaria à regulação excessiva, principalmente sobre grandes empresas de tecnologia.