Na última quinta-feira (29) o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, afirmou que novos “lockdown” para combater a segunda onda da covid-19 podem trazer um “grande impacto” para as economias mundiais. O lockdown, ou confinamento, se traduz no isolamento total das pessoas.
“Estamos vendo os novos casos na Europa e nos Estados Unidos, mas ainda não sabemos o tamanho do impacto. Obviamente, será negativo”, afirmou o secretário-geral, durante uma coletiva de imprensa, em resposta a pergunta realizada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
De acordo com Angel Gurría, todo o impacto gerado pela segunda onda da doença ao redor do mundo vai depender da duração da ascensão dos casos. Além disso, ele aponta a vacina como um dos fatores que pode estabilizar este impacto.
Em setembro, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico apontou que as projeções para a economia global apresentaram melhores resultados. A retração passou de uma queda de 6% para 4,5%, segundo Gurría.
O secretário ainda lembrou durante o seu discurso que a pandemia de coronavírus afetou também os campos sociais. Os impactos negativos na economia mundial afetou diversos grupos sociais, atingindo a vida de mulheres e crianças.
Lockdown europeu
Devido a reinfecção por coronavírus em diversos países e a geração de uma nova onda de covid-19, alguns países voltaram a decretar o isolamento total das pessoas.
A disparada de casos na França e na Alemanha fez com que os países decretassem novos isolamentos em algumas de suas principais cidades.
O isolamento nesses países mantém as escolas e alguns comércios essenciais abertos. No entanto, bares, lanchonetes, cinema, restaurantes e comércios similares foram fechados.
Apesar dos aumentos de casos, o Reino Unido ainda resiste para decretar o confinamento de seus cidadãos.
Outros países europeus se encontram na encruzilhada de decretar novos isolamentos devido aos impactos econômicos gerados durante o período de isolamento social nas cidades.
Os sinais de recuperação das economias europeias apresentados durante o período de verão estão sendo apagados aos poucos. Com isso, os países retomam os sinais de retração que foram apresentados entre março e maio.