Seguro desemprego: Por que apenas metade dos trabalhadores demitidos receberão parcelas extras?

Trabalhadores brasileiros poderão contar com novas parcelas do seguro desemprego. Nessa semana, o governo federal informou que está avaliando a possibilidade de conceder mais duas rodadas extras do benefício para aqueles que foram demitidos durante a pandemia. Entretanto, apenas um grupo especifico poderá ser contemplado, levando em consideração a data de exoneração.  

Seguro-desemprego: Por que apenas metade dos trabalhadores demitidos receberão parcelas extras? (Foto Reprodução Google)
Seguro desemprego: Por que apenas metade dos trabalhadores demitidos receberão parcelas extras? (Foto Reprodução Google)

O seguro desemprego, atualmente, pode ser concedido entre três e cinco parcelas. Para poder definir o tempo de pagamento, o governo contabiliza o período trabalhado, quantidade de vezes em que o benefício foi solicitado e valor dos salários nos últimos meses. Porém, esse cálculo pode ser modificado, considerando as possibilidades de extensão.  

Novas parcelas aceitas 

Mediante a chegada do covid-19, o governo passou a ser pressionado para amplificar o valor do seguro desemprego.

A justificativa utilizada para o andamento da proposta é que nos últimos meses o número de desemprego cresceu em mais de 14% por causa da crise econômica incentivada pela pandemia.  

Desse modo, aqueles que foram demitidos encontram dificuldades para arrumar um novo trabalho, precisando assim de um benefício extra nesse período de calamidade pública. Inicialmente, a pauta foi reprovada, sob a afirmação de que não haveriam recursos o suficiente para custeá-la.  

Semanas depois, a equipe econômica de Bolsonaro passou a ceder desde que o texto fosse adaptado para um reajuste nas contas públicas.

A ideia é que a extensão fosse concedida para todos aqueles demitidos durante a pandemia, porém houve um corte de 50% dos desempregados para que o pagamento coubesse no orçamento da União.  

Apenas metade dos trabalhadores terão acesso 

De acordo com os informes já liberados pela equipe econômica, serão contemplados cerca de 2,76 milhões de brasileiros.

Terão acesso a extensão aqueles que foram demitidos entre 21 de março e julho, tendo em vista que já receberam todas as parcelas do programa e assim terão direito de novos pagamentos até dezembro.  

Já para quem foi demitido, mas atualmente ainda está recebendo o benefício, as duas mensalidades extras não deverão ser concedidas. Segundo o governo, o pagamento duplicado torna-se inviável. Uma vez em que o trabalhador já tem acesso a um valor, não há necessidade de aumenta-lo. 

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.