A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 4,5 pontos este mês. A mudança foi de 106,7 pontos em agosto, para 111,2 pontos em outubro. Este é o maior nível alcançado desde abril de 2011, quando foi registrado 11,6 pontos. Dos 19 segmentos industriais pesquisados, 16 tiveram resultados melhores.
Um fator que ajudou no crescimento da confiança da indústria foi Índice de Situação Atual (ISA). Neste índice, foi registrado um aumento para 113,7 pontos em outubro. No mês anterior, a pontuação era de 107,3. O último resultado indica o maior nível desde junho de 2010, quando chegou a 116,4 pontos.
Outro indicador que teve crescimento foi o Índice de Expectativas (IE). O valor passou de 105,9 pontos em setembro, para 108,6 pontos em outubro.
A economista da FGV, Renata de Mello Franco, afirmou que “a sondagem de outubro mostra que o setor industrial está mais satisfeito com a situação atual e otimista que esse resultado será mantido nos próximos três meses”.
Com relação às empresas, 45,7% delas esperam uma melhora no ambiente de negócios. Para efeito de comparação, o resultado do mês anterior era de 39,9%. Já com relação às expectativas de piora, a variação diminuiu de 13,6% para 11,0%.
Para o cenário atual, a avaliação atual como “boa” teve alta de 33,5% para 42,8%. Por outro lado, a sinalização do cenário presente como “fraca” teve queda, de 21,0% para 15,4%.
“Entre as categorias de uso, os Bens Intermediários merecem destaque por alcançarem o maior nível de confiança do setor, influenciado principalmente pela melhora dos indicadores de situação atual”, destaca a economista.
“Entretanto, a demora na recuperação do indicador de tendência dos negócios sinaliza uma certa preocupação dos empresários sobre a sustentação desse nível de otimismo por um período maior considerando o fim dos programas de auxílio emergencial”, alerta.
Resultado do Nível de Utilização da Capacidade Instalada
Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) teve aumento de 78,2% para 79,8%. Este indicador chegou próximo ao valor indicador na média de janeiro de 2001 e fevereiro de 2020 — de 79,9%.
“Chama atenção, contudo, o retorno do Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) a um nível próximo da média anterior à pandemia e o porcentual de empresas indicando estoques insuficientes, o maior desde o início da série”, prossegue, em nota.