Investimentos em empréstimo coletivo apresentam aumento de 42% no mês de agosto; resultado indica retomada

Após o auge da crise econômica causada pelos impactos da pandemia do Covid-19, os investimentos em empréstimos entre pessoas (“peer to peer”, do termo em inglês), também conhecidos como empréstimos coletivos, retomaram. Na plataforma Nexoos, o volume total investido por pessoas físicas aumentou de R$7,7 milhões no mês de julho para R$11 milhões em agosto, um crescimento de 42,8%.

Investimentos em empréstimo coletivo apresentam aumento de 42% no mês de agosto; resultado indica retomada
Investimentos em empréstimo coletivo apresentam aumento de 42% no mês de agosto; resultado indica retomada (Foto: Google)

Esta forma de investimento, que foi regulamentada pelo Banco Central (BC), permite que pequenos investidores façam empréstimos de dinheiro para pessoas físicas ou a pequenas e médias empresas, a fim de obter uma taxa de retorno favorável. 

Intermediação de fintechs

Essa intermediação é realizada por fintechs, empresas de tecnologia de serviços financeiros, como a Nexoos, a Biva e a BizCapital. No caso da Nexoos, os tomadores são pequenas e médias empresas.

Qual o objetivo dos empréstimos financeiros?

Os investidores de empréstimos coletivos tem o intuito de diversificar sua carteira de investimentos e possui um retorno financeiro maior comparado a Selic, a taxa básica de juros da economia, que se encontra em 2% ao ano, a mínima histórica. Na plataforma, a rentabilidade média alcançada é de 14% ao ano e o investimento mínimo inicial é de R$6 mil.

Daniel Gomes, CEO e cofundador da Nexoos, disse que, durante a pandemia do novo coronavírus, o olhar social se intensificou. “Muitas pessoas, empresas e instituições passaram a perceber as necessidades dos outros e a apoiar os pequenos negócios”, afirmou.

Ele diz que além de se propor a levar um retorno maior ao investidor, esse tipo de investimento possui um propósito social, de realizar uma contribuição para a retomada das atividades de pequenos e médios negócios e que consigam um aumento no capital de giro.

Essas empresas têm a tendência de conseguir crédito aprovado com de forma mais simples nessas fintechs, a taxas de juros mais baixas. Na Nexoos, o número de empresas financiadas aumentou 43% este ano e a taxa de juros cobrada é a partir de 1,14% ao mês.

O número de investidores na Nexoos aumentou 34% entre agosto de 2019 e o mesmo mês deste ano.