O dólar abre o dia em queda nesta quarta-feira (21), com o mercado de olho no acordo entre a Casa Branca e os democratas sobre o pacote de estímulos trilionário dos EUA. Por volta das 9h20, a moeda norte-americana operava em queda de 0,45, sendo negociado a R$ 5,58.
Cenário internacional
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a pressionar por um pacote de estímulos como alívio aos impactos econômicos causados pela Covid-19 e afirmou que aceitaria um acordo em valor superior a US$ 2,2 trilhões, mesmo com a oposição de seus colegas republicanos no Senado.
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, disse nesta última terça-feira (20) que há esperanças de que o pacote de auxílio seja alcançado antes das eleições presidenciais, que ocorre dia 3 de novembro e que ‘esse é o plano’, sem entrar em detalhes sobre suas recentes negociações com Steven Mnuchin, representante da Casa Branca.
“Desde domingo, temos feito algum progresso no estabelecimento de áreas de acordo e desacordo a fim de decidir como podemos chegar a um compromisso. O prazo de hoje permitiu-nos ver que as decisões podem ser alcançadas, demonstrando que ambos os lados levam a sério a busca de um compromisso”.
Na Europa, após a Irlanda decretar um segundo lockdown, a Espanha também estuda um novo toque de recolher para contar uma possível segunda onda de contágio do vírus. Desde o início da pandemia foram registrados 988 mil casos de infecções e 34 mil mortes na Espanha.
O toque de recolher já vem sendo utilizado atualmente na França. Oito regiões metropolitanas, incluindo a da capital Paris, estão sob toque de recolher obrigatório desde sábado (17). A medida vale para todos os dias, com duração das 21h às 6h e faz parte do estado de urgência anunciado para todo o país.
Destaque nacional
No cenário local, a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac está no radar dos investidores. O governo federal anunciou nesta terça-feira (20) que comprará doses do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinova. Com isso, o Estado deve editar uma nova Medida Provisória para disponibilizar R$ 2,6 bilhões até janeiro.
A CoronaVac ainda está em fase final de testes e sua eficácia precisa ser comprovada antes que a Anvisa libere o seu uso. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou que quando for aprovada, a vacina será distribuída a todo o Brasil através do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Porém, na manhã desta quarta-feira (21) o presidente Jair Bolsonaro desautorizou o Ministério da Saúde e afirmou que o governo não irá comprar vacinas produzidas pela China.
Última cotação do dólar
Na última sessão desta terça-feira (20), o dólar encerrou em alta de 0,12% frente ao real, sendo negociado a R$ 5,61.