Auxílio emergencial até 2021? Discurso de Bolsonaro desaponta brasileiros

O auxílio emergencial cedido pelo governo federal durante o período de crise causado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil tem data para acabar: dia 31 de dezembro de 2020. O que pareceu um alívio foi, definitivamente, pontual. O atual presidente Jair Bolsonaro acabou com as esperanças de quem achava que o auxílio poderia ser prorrogado para o próximo ano.

Auxílio emergencial até 2021 fica descartado após discurso de Bolsonaro
Auxílio emergencial até 2021 fica descartado após discurso de Bolsonaro (Imagem: Reprodução / Google)

O benefício ajudou milhões de famílias e trabalhadores que foram diretamente afetados por um cenário que, agora, recebe o nome de “novo normal”.

O valor inicial era de R$ 600, sendo R$ 1,2 mil para mulheres chefes de família. Posteriormente, o benefício foi prorrogado, mas reduzido.

As novas parcelas, conhecidas como “extras”, caíram pela metade R$ 300 e R$ 600 respectivamente, e atenderam um número menor de famílias.

Ainda assim, o auxílio emergencial parecia um conforto em meio a crise. Acontece que, segundo o presidente, “é muito para o Brasil”.

“Eu sei que os 600 reais (do auxílio) é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso. Mas realmente o Brasil está saindo da crise, os números mostram”, disse Bolsonaro.

Enquanto o presidente dá sinal vermelho para a prorrogação do benefício, o presidente da Câmara, Rodrigo Câmara, garante que não irá comprometer a situação fiscal do país. Mas, segundo ele, isso não quer dizer que ele se opõe à prorrogação do mesmo.

“Eu não disse isso. Já deixei claro publicamente que sou contra a prorrogação do decreto de calamidade e que é preciso encontrar uma solução dentro do teto de gastos”, escreveu Maia através das redes sociais sobre o assunto.

Tanta especulação é fruto de outra pauta que também demanda finanças e tem a ver com questões sociais: o programa Renda Cidadã, que deve tomar o lugar do programa Bolsa Família, criado no governo Lula.

O governo Bolsonaro busca uma forma de financiar o Renda e aumentar o valor médio do benefício, o que significa corte em outros auxílios, como este, distribuído na pandemia da Covid-19.

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