Durante uma coletiva realizada nessa última quarta-feira (14) o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, divulgou que a carteira de crédito imobiliário do banco atingiu R$ 500 bilhões no mês de outubro. Em janeiro do ano passado, a carteira era de R$ 441 bilhões.
Guimarães aponta que o crescimento da carteira ocorreu, em especial, durante a pandemia do coronavírus. “Tal crescimento é uma demonstração do foco da Caixa nesse setor tão importante para o Brasil. Depois do segmento agropecuário, o imobiliário foi o que sentiu menos com a pandemia”, afirmou o presidente.
Taxas menores
Ainda na coletiva, Guimarães anunciou medidas relacionadas ao crédito imobiliário, como a redução da taxa de juros para pessoa física e mudanças na carência e na forma de pagamento do financiamento.
Segundo ele, a partir do dia 22 de outubro, “a Caixa terá a melhor taxa de mercado”, pois a taxa de juros dos financiamentos imobiliários para pessoa física será reduzida, passando de TR mais 8,75% ao ano para TR mais 6,25% ao ano.
Foi anunciado também a ampliação da carência de pagamentos por seis meses na compra de imóveis novos com contratação até 30 de dezembro deste ano.
Com relação à forma de pagamento, o executivo anunciou que a Caixa está criando a possibilidade de pagamento parcial da prestação em apoio às famílias com dificuldades de retomar o pagamento integral de encargo social.
O pagamento poderá ser entre 50% e 75% por três meses. “Famílias poderão pagar 75% da prestação por até seis meses”, concluiu Guimarães.
Foi anunciado também feirões online da casa própria em outubro e novembro.
R$ 83 bilhões
A redução da taxa de juros, a possibilidade de pagamento parcial da prestação e a carência de até seis meses para financiamento de novos imóveis podem envolver até R$ 83 bilhões, segundo a Caixa Econômica Federal.
Jair Mahl, vice-presidente de habitação da instituição, garante que as medidas de estímulos ao crédito imobiliário não comprometem a situação financeira da Caixa, ressaltando que o banco é o mais líquido do mercado.