Os prêmios dos títulos públicos apresentaram queda, nesta terça-feira (13). Apesar disso, os investidores estão atentos ao Tesouro Nacional e ao Banco Central, pois eles anunciaram mudanças na oferta desses títulos federais e nas operações compromissadas. Isso devido a alta demanda do mercado por instrumentos de curto prazo.
Esses títulos são emitidos pelo governo federal para financiar suas atividades e quem investe, comprando papéis da dívida brasileira, recebe um retorno financeiro. Em meio às dificuldades governamentais de financiamento no mercado financeiro, haverá mudanças na oferta desse investimento.
Até a tarde da última sexta-feira (9), no Tesouro Direto, o título indexado à inflação (com vencimento em 2035) pagava uma taxa anual de 4,05%, ante 4,13% ao ano. Se o juro fosse pago com vencimento para 2026, cedia cedia de 2,80% para 2,76% ao ano.
Nos papéis prefixados, o que vencia em 2026 oferecia um um prêmio anual de 7,23%, frente 7,29% ao ano. O juro pago pelo Tesouro Prefixado, com juros semestrais e vencimento em 2031, recuava de 7,94% para 7,88% ao ano.
Segundo revisão feita pelo mercado financeiro, haverá queda de 5,03% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro este ano, ante estimativa de contração de 5,02% na semana anterior. O relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta manhã indica que a atividade crescerá 3,50% em 2021.
Em um cenário de aumento de preços, estímulos fiscais e monetários para minimizar os impactos da Covid-19, economistas elevaram, pela nona semana consecutiva, as projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): de 2,12% para 2,47% (em 2020).
Já para 2021, a previsão é de alta a 3,02%, frente projeção anterior de IPCA a 3,00%. As projeções para a taxa Selic foram mantidas em 2,00% ao ano, em dezembro, e em 2,50%, ao fim de 2021.