FGTS e auxílio emergencial ajudam no crescimento da poupança; entenda o motivo

O recebimento do FGTS emergencial e do auxílio emergencial fez com que a poupança apresentasse o melhor crescimento em setembro da história. A caderneta teve uma captação líquida de R$ 13,2 bilhões, devido aos R$ 294,015 bilhões depositados e R$ 280,786 bilhões retirados da aplicação.

FGTS e auxílio emergencial ajudam no crescimento da poupança; entenda o motivo
FGTS e auxílio emergencial ajudam no crescimento da poupança; entenda o motivo (Imagem: montagem/FDR)

Com a liberação do FGTS emergencial e com o pagamento do auxílio emergencial para os brasileiros, como uma das medidas encontradas para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, a poupança teve um recorde, já que os depósitos superaram os saques realizados em mais de R$ 13 bilhões, segundo os dados divulgados pelo Banco Central.

Como dito anteriormente, esse resultado positivo é fruto dos R$ 294,015 bilhões depositados e R$ 280,786 bilhões sacados. Acredita-se que esse número é devido ao recebimento dos benefícios disponibilizados pelo governo para enfrentar a crise econômica, dessa maneira, não houve a necessidade de usar o dinheiro economizado.

Ao contrário do que se esperavam, os brasileiros conseguiram economizar os valores recebidos, fazendo depósitos na caderneta. Com isso, a captação no mês de setembro foi a maior desde 1995, quando o relatório começou a ser divulgado.

Setembro de 2020 superou a maior captação até antes registrada, que aconteceu em 2019, sendo de mais de R$ 8 bilhões.

No acumulado do ano, a caderneta registrou um saldo positivo de R$ 137,210 bilhões, com R$ 2,214 trilhões depositados e R$ 2,077 sacados da aplicação. Os únicos meses que foram apresentados uma captação negativa foram nos meses de janeiro e fevereiro, quando os brasileiros apresentam mais gastos, devido os tributos cobrados e o início do ano letivo.

Dessa maneira, o saldo da poupança superou R$ 1 trilhão pela primeira vez, desde 1995. Além disso, o saldo já é 18,5% superior ao saldo de R$ 845,464 bilhões registrado no final de 2019.

Esse resultado é fruto das medidas tomadas pelo governo para estimular a economia durante o período de pandemia.

Mesmo tendo aplicações que rendem mais, os brasileiros, em sua maioria, continuam investindo na poupança devido à segurança. A taxa Selic, por exemplo, está fixada em 2% ao ano, já a poupança rende 70% desse valor, ou seja, 1,4% ao ano. Mesmo assim, é a forma de rentabilidade mais usada pelos brasileiros.

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Glaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.