O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) está em alta, ele que é usado como medidor para reajustar os contratos de aluguel. Especialistas dão dicas de como negociar o valor da locação e conseguir driblar o aumento.
Os contratos de locação que terminam agora em outubro sofrerão um reajuste muito alto devido a alta do Índice Geral de Preços do Mercado, que foi de 17,94% nos últimos doze meses, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O IGP-M é o índice que mede a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais. Ele é usado para definir o reajuste dos alugueis de imóveis, tanto residenciais quanto comerciais.
Com o IGP-M de quase 18%, o imóvel, por exemplo, que tem um aluguel de R$ 2.000 passará para R$ 2.360 no mês de outubro, caso o proprietário repasse o reajuste.
O problema, além de ser um aumento bem alto, é que as famílias estão passando por uma situação muito difícil por causa dos impactos da pandemia de Covid-19.
Com isso, o reajuste pode afetar o orçamento das famílias brasileiras que dependem da moradia de aluguel para ter um lar. Além disso, pode contribuir para a instabilidade econômica que muitas pessoas vêm enfrentando desde março.
Segundo Eduardo Menicucci, professor de finanças da Fundação Dom Cabral, o inquilino precisa ser sincero e conversar com o proprietário do imóvel, informando que não tem como arcar com o reajuste.
“Tem que chegar e falar que não consegue assumir o aumento. Se teve redução do salário por causa da pandemia do coronavírus, por exemplo, mostre o contracheque. Se tiver sido demitido, conte que isso aconteceu”, afirmou Menicucci.
Outra ponto que pode ser usado como ferramenta de negociação é apresentar o histórico de bom pagador. “Pode-se combinar que, assim que o salário melhorar ou a empresa voltar a faturar como antes, o reajuste pode ser aplicado”, disse Eduardo Menicucci.
Menicucci também alerta que a mesma medida pode ser usada na negociação de reajuste do aluguel de pontos comerciais, sendo que os proprietários de imóveis estão mais abertos a negociações, já que, com a pandemia, o setor também foi afetado.
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