Após as grandes perdas que o setor de shopping centers sofreu devido a pandemia do Covid-19, ele começa a dar sinais de uma recuperação mais consistente. No fim do mês de setembro a queda de vendas ficou em 26,5%. Vale ressaltar que em março de 2020 esta queda foi de 90%.
De acordo com as estimativas da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) em torno de 6 mil lojas já foram reocupadas das 11 mil que encerraram suas atividades entre os meses de abril e agosto.
Os patamares mais baixos dos juros básicos são refletidos através dessa recuperação de pontos comerciais, que ajudaram a impulsionar o interesse das grandes varejistas a expandirem suas redes e também de investidores em franquias a ocupar alguns desses lugares.
“As âncoras [as grandes redes] estão disputando os espaços disponíveis e isso é um sinal muito bom de recuperação. Mas também estamos vendo novos investidores. Não são necessariamente novas marcas, mas gente que aproveita os juros baixos para investir em franquia”, aponta Felipe Andrade, diretor comercial da Aliansce Sonae, maior grupo de shoppings centers do território nacional, com o total de 39 empreendimentos. Andrade diz que, desde o mês de agosto, existem mais de 80 novos contratos que se encontram em processo de assinatura.
Indústria apresenta crescimento de 37,8% entre os meses de maio e agosto
Na última terça-feira (6), conforme a pesquisa Indicadores Industriais realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que o faturamento real do setor ultrapassou o patamar do início do ano e que a atividade da indústria de transformação continuou crescendo em agosto.
O faturamento aumentou 2,3% em relação a julho e 37,8% em comparação com o mês de abril, no auge da crise acarretada pela pandemia do novo coronavírus.
Por causa da forte queda que registrou entre os meses de março e abril, no acumulado deste ano, o valor registrava-se 3,9% abaixo do registrado no mesmo período do ano de 2019.
O emprego industrial cresceu 1,9%. Este é o primeiro mês de crescimento em 2020. Com esse desempenho, o nível de emprego já se encontra próximo ao patamar pré-crise. As horas trabalhadas cresceram 2,9% entre julho e agosto.