Brasileiro terá que sentir na mesa o peso da crise econômica do novo coronavírus. Nessa semana, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) liberou um estudo onde mostra que o salário mínimo ideal para o mês de setembro teria de ser R$ 4.892,75. A estimativa é feita com base em uma família de até quatro pessoas, levando em consideração a cesta básica mais cara do país.
A crise do novo coronavírus vem afetando diversos setores econômicos e sociais. Além do alto índice de desemprego, paralisação de atividades de educação e negócios, o preço da cesta básica vem mostrando que o atual salário mínimo em vigor é insuficiente para rechear a mesa do cidadão.
Segundo as estimativas do Dieese, o atual salário é quatro vezes menor que o valor necessário para sustentar uma família de pai, mãe e duas crianças. Para poder determinar a quantia, o departamento leva em consideração o preço da cesta básica mais cara do país, sendo atualmente de R$ 582,40.
Ainda no mês de agosto, de acordo com o Dieese, o salário mínimo ideal seria de R$ 4.536,12, permanecendo quatro vezes maior que o oferecido pela administração pública bolsonarista.
Elevação da cesta básica
No que diz respeito aos preços da cesta básica, o cenário é desanimador. Em Florianópolis concentra-se os produtos mais caros, tendo o kit total um valor de R$ 582,40. O número registra um aumento de 9,8% nas taxações alimentícias.
Salvador ocupa o segundo lugar, tendo sua cesta básica sendo acrescentada em 9,7% em comparação com o mês passado. Já Aracaju, mostrou uma elevação de 7,13%. São Paulo ficou com uma alta de 4,33% sendo a sua cesta comercializada por R$ 563,35.
Ainda de acordo com os estudos feitos pelo Diesse, o preço dos alimentos aumentou em todas as 17 capitais do país. Nesse momento, a região com o menor valor é Brasília, com 0,56%, e Natal, com aumento de 0,68%.
Projeções para 2021 são negativas
Questionado sobre o valor do salário mínimo para 2021, Jair Bolsonaro informou que a projeção atual é de R$ 1.067, o que significa um segundo ano sem aumento real.
Desse modo, a quantia necessária para manter a alimentação básica será inferior ao ofertado por sua gestão, mesmo em tempos de crise.