Volta às aulas São Paulo: Doria torna retorno facultativo para as prefeituras

Nesta segunda-feira (5), o governador João Doria confirmou que o cronograma das aulas presenciais no estado prevê o retorno para esta quarta-feira (7). Apesar disso, Doria determinou que a retomada das atividades letivas, depois de meses suspensos por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, fique a critério das prefeituras do estado.

Volta às aulas São Paulo: Doria torna retorno facultativo para as prefeituras
Volta às aulas São Paulo: Doria torna retorno facultativo para as prefeituras (Imagem: Reprodução Google)

Nesta semana, o governo estadual liberou a volta dos alunos do ensino médio e da Educação de Jovens Adultos (EJA) da rede estadual. 

Os alunos do ensino fundamental, teriam o seu retorno efetuado apenas no dia 3 de novembro.

Em entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, Doria afirmou que “O governo decidiu iniciar o retorno pelos alunos matriculados no ensino médio e na educação de jovens e adultos porque são os ciclos de ensino que podem ser mais afetados pela evasão escolar, prejudicando os estudantes mais vulneráveis, mais pobres”.

O governador completou dizendo que “Mas a volta às aulas está condicionada aos prefeitos. As prefeituras têm autonomia para decidir se vão acompanhar o cronograma estadual. Para as escolas se prepararem, o governo disponibilizou R$ 50 milhões para a compra de equipamentos e itens de higiene”, disse.

Monitoramento

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, falou sobre a retomada das aulas presenciais e destacou que o governo deve ter uma atenção especial para o monitoramento de alunos e profissionais, em casos de contaminação pelo novo coronavírus.

“À medida que a escola começa a ter testagem, vamos ter monitoramento. Mas sempre que necessário haverá testagem. No mundo inteiro a educação trabalha com monitoramento. Mais importante do que testar é monitorar, para que o próprio teste surta efeito. Para assim tomarmos decisões a cada escola e município”, explicou.

Soares ainda comentou sobre as posições contrárias ao retorno das aulas presenciais, que está sendo feita pelo sindicato dos professores. Eles chegaram até entrar na Justiça contra essa retomada.

“Nós temos reuniões com sindicatos, entendemos posições contrárias. Mas é retorno opcional, construído com a comunidade. Não há o que se falar de greve quando você tem opção de fazer o retorno ou não com a comunidade”, disse o secretário.