A semana do atual presidente Jair Bolsonaro começou com um café da manhã, em Brasília, para discutir o Orçamento e o Renda Cidadã, programa social deve substituir o Bolsa Família, criado no governo Lula. O encontro contou com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e outras pessoas da equipe. Já o ministro da economia, Paulo Guedes, peça fundamental nos assuntos, levou falta na Alvorada.
Entre os presentes estavam s ministros Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), além do senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento de 2021, do Renda Cidadã, e da proposta de emenda à Constituição chamada da PEC emergencial, que prevê o corte de despesas.
O conteúdo do café da manhã não foi divulgado. Enquanto isso, a assessoria de Guedes esperou o encontro chegar ao fim para informar que o mesmo se reunirá, ainda nesta segunda-feira (5), com o senador Bittar.
Vale lembrar que Bittar foi o responsável por anunciar que o Renda Cidadã seria financiado com recursos do Fundo para Educação Básica (Fundeb) e de precatórios, valor das dívidas do governo reconhecidos pela justiça.
O anúncio, porém, não foi bem recebido pelo mercado, que reagiu e obrigou um recuo quase que imediato do governo que, agora, busca outras alternativas para aplicar no programa – que é a aposta de carro-chefe para uma possível reeleição de Bolsonaro.
Antes mesmo do café da manhã na Alvorada, na última quarta-feira (30), Bittar e Maia haviam se reunido para buscar apoio para o Renda Cidadã.
Também houve uma conversa entre Bittar e assessores presidenciais e integrantes do MDB. Até o momento, a nova “alternativa” não foi divulgada na imprensa.
Além da falta de propostas para o financiamento, governo Bolsonaro ainda não detalhou o desenho do programa Renda Cidadã, mas, de acordo com o que já foi divulgado pelo mesmo, fica claro que é uma tentativa de atualização do programa Bolsa Família – ainda que o presidente garanta que é algo novo e de sua criação.