Tesouro Selic encerra o mês no negativo; especialistas garantem que não há motivos para pânico

Após o fechamento do Mês de setembro, o Tesouro Selic registrou queda em 0,46% no título com vencimento em 2025. Essa foi a primeira baixa nos últimos 18 anos. O tesouro está entre as principais opções seguras para reserva de emergência e, por isso, causou espanto entre investidores. No entanto, o cenário entre os especialistas ainda se mantém em segurança, segundo especialistas.

Tesouro Selic encerra o mês no negativo, porém especialistas garantem que não há motivos para desespero
Tesouro Selic encerra o mês no negativo, porém especialistas garantem que não há motivos para desespero (Imagem: Reprodução/Google)

Segundo Marília Fontes, analista de renda fixa da Nord Research, “foi um movimento técnico e específico”. “Se olhar a rentabilidade de mais de um ano, o mês foi apenas um tropeço perto de uma rentabilidade maior”, afirma em entrevista ao Valor.

Sobre a situação para os investidores mais conservadores, o consultor de investimentos e economista do Valor Investe, Marcelo d’Agosto, afirma que tem sido difícil.

“Ele já se deu mal nos meses de março e abril com os fundos de renda fixa DI que tinham papel privado na carteira e agora está perdendo com o Tesouro Selic e em fundos renda fixa DI que concentram a carteira apenas em títulos públicos”, relata.

Por conta da alta do preço do Tesouro Selic devido ao risco atual existente, Marília Fontes entende como uma grande oportunidade em realizar a aplicação. “É uma boa hora para entrar em um título desse e não sair. Hoje ele está rendendo 105% do CDI. É um bom momento para aproveitar”, alega.

Ela afirma que o Tesouro Selic segue se mantém como a opção em que oferece menos risco que os títulos atrelados à inflação e prefixados.

Baixo risco para pessoa física

A analista de renda fixa da XP Investimentos, Camilla Dolle, ressalta que o risco do Tesouro Selic segue sendo o mais baixo do mercado. Diante disso, o pequeno investidor não precisa se desesperar diante disso. O motivo está na baixa taxa de risco.

“Ao olharmos um movimento mais recente, em uma janela mais curta, o efeito parece muito relevante. Já quando o olhamos em prazo mais longo, a variação passa praticamente despercebida. É importante termos isso em mente para não tomarmos decisões irracionais”, afirma.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.