Senadores criticam volume de empréstimos concedidos pelos bancos através do Pronampe

Nesta segunda-feira (28), os parlamentares da comissão mista de supervisionamento das medidas de combate a pandemia do Covid-19, criticaram durante audiência pública realizada através de videoconferência, a atuação dos bancos em relação a liberação de empréstimos via Pronampe que tem o intuito de atender pequenos negócios durante a crise causada pela pandemia.

Senadores criticam volume de empréstimos concedidos pelos bancos através do Pronampe
Senadores criticam volume de empréstimos concedidos pelos bancos através do Pronampe (Foto: Google)

Após o secretário Especial da Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior, apresentar informações sobre a situação fiscal, que incluem a liberação de dinheiro para o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), senadores colocaram em questão a efetividade do programa.

Possibilidade de diminuir o impacto das operações do Banco Central na dívida pública brasileira

De acordo com Esperidião Amin (PP-SC), o governo já disponibilizou R$28 bilhões e tem a possibilidade de injetar mais R$10 bilhões no programa, porém os bancos estariam muito “prudentes” e só emprestaram R$30 bilhões para ajudar a economia.

Amim ainda disse que há informações do Sebrae que apontam que a cada R$1 bilhão disponibilizado pelo governo, pode gerar até R$15 bilhões em crédito

O Sebrae afirma que dá para alavancar até R$15 por R$1. Bom, R$15 por R$1 de R$28 dá R$420 bilhões de empréstimo; R$15 por R$1 de alavancagem, multiplica R$15 por R$28 (R$27,9), dá mais de R$400 bilhões de empréstimo.” disse Amin

O governo colocou R$ 27,9 bilhões em duas transferências para emprestar à micro e pequena empresa e empreendedores individuais, e o total de empréstimos feitos foi de R$ 30,45 bilhões, ou seja, a relação ficou em 1,09; ou seja, os bancos emprestaram o que o governo, o que nós colocamos como garantia, só “ apontou Esperidião Amin.

Segundo Zenaide Maia (PROS-RN), a União abasteceu os bancos, porém o dinheiro não chegou a quem precisa.

“O Brasil foi um dos primeiros do mundo que ofereceram essa liquidez ao Banco Central para, como a gente diz, abastecer os bancos, teoricamente, para fazer empréstimos para micro e pequenas empresas, e a gente não está vendo isso, e não só as micro e pequenas empresas “ criticou Maia.