Poupança é a preferência de 33% dos brasileiros mesmo com opções mais vantajosas

De acordo com a pesquisa C6 Bank/Datafolha, 33% dos brasileiros apontam que a  poupança ainda é um bom investimento, apesar de render menos que inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,24% no mês de agosto deste ano. A poupança (levando em consideração as aplicações que foram realizadas a partir de 4 de maio de 2012) rendeu 0,13% em agosto.

Poupança é a preferência de 33% dos brasileiros mesmo com opções mais vantajosas
Poupança é a preferência de 33% dos brasileiros mesmo com opções mais vantajosas (Imagem: Google)

“Durante o Império, a poupança de fato era o investimento mais seguro do Brasil, porque havia uma garantia do Estado. Esse histórico ajuda a explicar a confiança dos brasileiros na aplicação. Hoje em dia, o panorama mudou. Outros produtos, como CDB e LCI, contam com a mesma garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) que a poupança tem”, afirmou Liao Yu Chieh, educador financeiro do C6 Bank.

Apesar disso, 17% apontam que estão guardando mais dinheiro que antes. Esse percentual atinge 28% entre os brasileiros com ensino superior.

A pesquisa também aponta que 11% estão economizando a mesma quantia e 7% continua investindo, mas aplicam um valor abaixo do que costumavam fazer. Do total de entrevistados, 15% disseram ter parado de guardar dinheiro por causa da pandemia do Covid-19.

Conforme o Datafolha, a pandemia não afetou muito a parcela da população que já costumava poupar ou investir. O instituto levou em conta que a maior parte dessas pessoas manteve ou aumentou o total que costuma guardar. 

No entanto, a situação se torna mais grave  pois quanto mais baixa é a escolaridade e o poder aquisitivo da população, maior se torna a previsão de um possível efeito de aumento na desigualdade.

Entre os entrevistados, 19% não souberam tomar um posicionamento sobre o tema investimentos. Esse percentual aumentou para 32% entre as pessoas com ensino fundamental e entre os integrantes das classes D/E.

A pesquisa sobre investimentos foi feita entre os dias 21 e 31 do mês de agosto deste ano, com base em 1.536 entrevistas nas cinco regiões do Brasil. A margem de erro máxima para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

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