Fim do auxílio emergencial: Veja como falta do benefício vai atingir a economia do país

A última parcela do auxílio emergencial cedido pelo governo federal em tempos de pandemia do novo coronavírus será depositada em dezembro deste ano. Segundo o próprio governo, não há expectativa de continuidade em 2021. O benefício atendeu milhares de famílias, inicialmente, com o valor de R$ 600. As últimas parcelas, porém, foram reduzidas para a metade, R$ 300.

Fim do auxílio emergencial: Veja como falta do benefício vai atingir a economia do país
Fim do auxílio emergencial: Veja como falta do benefício vai atingir a economia do país (Imagem: Reprodução / Google)

O Banco Central divulgou um relatório trimestral de inflação em que apresenta análises sobre o comportamento de variáveis econômicas. O relatório faz parte do cumprimento de protocolos do sistema de metas de inflação.

No documento divulgado neste mês, referente ao terceiro trimestre de 2020, os estudos avaliaram os impactos no consumo do auxílio emergencial e do destino da renda, no cenário de pandemia.

Ao realizar uma reavaliação das projeções anteriores do próprio Banco Central e compará-las às expectativas de crescimento no terceiro trimestre, com algum arrefecimento no último terço do ano, o BC melhorou sua previsão para o crescimento econômico em 2020, de uma contração de 6,4%, estimada no RTI do segundo trimestre, para uma queda de 5%.

Esse resultado gera uma aproximação às projeções do Ministério da Economia, que previa uma queda de 4,7%, e dos analistas do Boletim Focus, um recuo de 5,05%.

Expectativas para 2021 são traçadas na economia

para o próximo ano, o Banco Central projeta uma expansão da economia de 3,9%. O valor é mais forte do que a previsão do Ministério da Economia, que alcançaria um avanço de 3,2%. A estimativa da Focus é de uma alta de 3,5%.

Especificamente neste relatório, parte dos movimentos de consumo foram analisados a partir dos efeitos do auxílio emergencial.

Ao medir os efeitos do auxílio nas compras no varejo com o uso de cartões de débitos, chegaram à conclusão de que a parcela de poupança remanescente será pequena, podendo contribuir para o desaceleramento do consumo.

Investigando os efeitos da pandemia e do auxílio em diferentes estratos de renda, com base na utilização de cartões de crédito e pagamento de boletos, percebeu-se que houve queda mais acentuada, além de uma recuperação mais lenta nos grupos de maior renda.

 

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