Mourão defende repensar texto de ampliação do seguro desemprego

A proposta das centrais sindicais, apresentadas ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), para aumentar duas parcelas no seguro desemprego, não tem apoio do governo. Nesta sexta-feira (25), o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a medida não pode ser feita “de afogadilho”.

Mourão defende repensar texto de ampliação do seguro desemprego
Mourão defende repensar texto de ampliação do seguro desemprego (Imagem: Reprodução / Google)

Atualmente, as parcelas do seguro desemprego podem ser alternadas entre três e cinco. A proposta é que esse número passe para entre cinco e sete.

Mourão, porém, destacou que o país está em um momento de “crise fiscal séria” e que o cenário precisa ser avaliado.

“Tem que olhar dentro da nossa capacidade fiscal, né? Não pode ser coisa de afogadilho. Todos vocês sabem que nós vivemos uma crise fiscal séria. Não podemos aumentar a dívida de forma desmesurada, então tem que buscar qual é a melhor solução para que isso seja pago”, disse o vice.

Segundo pareceres técnicos divulgados pelo Ministério da Economia, o impacto de mais duas parcelas seria de R$ 16,7 bilhões nas contas públicas, uma vez que 6,5 milhões de trabalhadores foram demitidos desde março, mês em que foi identificada a pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Economia x Pandemia

Economicamente, Mourão vê o trabalho do atual governo sobre a nova pandemia com bons olhos. Nesta sexta-feira (25), o vice-presidente disse ainda que as medidas tomadas neste período “terminaram por surtir efeito e a queda que se esperava na nossa economia não foi tão grande assim“.

“A economia deu uma melhorada. Todas as medidas que o governo fez no sentido de manter a economia em condições, os créditos às pequeno e micro empresas, a questão do pagamento de salários para as empresas que tinham empregos formais, o governo pagando 75% e a empresa pagando 25%; o próprio coronavoucher…”, listou.

Quanto a possibilidade de uma recuperação econômica em “V”, Mourão ressaltou que os dados estão sob controle.

“Olha, os dados que nós temos hoje, o Brasil foi um dos países que menos perdeu no segundo trimestre do ano, que foi o trimestre mais crítico. Nós fomos um dos que menos perdeu. Vamos lembrar que, inicialmente, a previsão é que a gente teria uma queda neste ano de 9%, hoje já tá em 5%, governo aposta em 4,7%. Vamos aguardar o final do ano“, pediu.

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