Itaú afirma que alimentação continuará pesando no bolso dos brasileiros

Apesar do alívio nos cálculos obtidos em relação à inflação, os setores que mais beneficiaram esse resultado foram os da saúde e cuidados pessoais. Já a alimentação subiu. Saiba mais.

Itaú afirma que alimentação continuará pesando no bolso dos brasileiros
Itaú afirma que alimentação continuará pesando no bolso dos brasileiros (Foto: Google)

Júlia Passabom, economista do Itaú Unibanco , destacou que os produtos que mais impactaram o IPCA-15 do mês de setembro não compõem o núcleo de inflação (o índice registrou alta de 0,45%, contra 0,23% em agosto).

“Um foi alimentação em domicílio, que subiu forte no mês, 1,96%, e aí vemos impacto de produtos sobre os quais se tem se falado muito, como arroz muito caro. Tem ainda a parte de soja, leite, todo o complexo de carnes, que puxaram bastante esses preços. Quase da metade da variação do IPCA de hoje veio de alimentos”, aponta. 

Júlia disse também que os alimentos deverão continuar sendo pressionados durante as próximas leituras que acontecerem. “Houve uma puxada nos preços dos produtos agrícolas, com soja, milho e toda a parte de proteínas puxados para cima. Isso sinaliza uma inflação de alimentos pressionada não só na leitura de hoje, mas nas próximas também.”

Alívio nos planos de saúde já era previsto

Júlia ressalta ainda que o IPCA-15 contou com um alívio já previsto por parte dos planos de saúde.

“Não era surpresa, mas vale a pena falar, pois a Agência Nacional de Saúde suspendeu os reajustes nos planos individuais neste ano”, diz.

“O IBGE já havia comunicado que faria um ajuste metodológico, que aparece na forma de deflação na leitura desse mês”, finaliza Júlia.

A contribuição negativa mais forte (-0,09 ponto percentual) e o resultado negativo maior (-0,69%) no mês de setembro vieram através do grupo saúde e cuidados pessoais. A retração é devida ao item plano de saúde (-2,31%), que ajudou com -0,10 ponto percentual.

A gasolina como fator inflacionário

A economista aponta ainda que a gasolina pode ser considerada como um forte fator de pressão inflacionária, que acarretou no aumento pouco acima de 3%. “Foi o item de maior contribuição individual, se você for olhar a abertura”, afirma.

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