Renda Brasil deve gerar cortes de gastos públicos no governo federal

Mesmo tendo dito que o Renda Brasil estava cancelado, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), analisa possíveis cortes com gastos públicos para financiar o programa social que irá substituir o Bolsa Família, e deve receber outro nome.

Renda Brasil deve gerar cortes de gastos públicos no governo federal
Renda Brasil deve gerar cortes de gastos públicos no governo federal (Imagem: Reprodução Google)

Bolsonaro tem sido orientado a realizar cortes em despesas para reforçar a criação do Renda Brasil. A ideia é que há muitos gastos desnecessários com a administração e com os servidores. Com o corte será possível abrir espaço no orçamento para a área social.

Os defensores do corte de gastos afirmam que há muito espaço para reduzir custos, como na contratação de mão de obra terceirizada, funcionalismo, incluindo auxílio alimentação, viagens, treinamentos e também auxílios que reforçam os salários mais altos da administração pública.

De acordo com o grupo, o país gasta R$ 5 bilhões por ano na contratação de mão de obra e R$ 4,3 bilhões com o auxílio alimentação nos três Poderes da União.

Entre as ideias que estão sendo analisadas, está a de suspender o auxílio alimentação para o servidor que ganha mais de três salários mínimos.

A princípio, a ideia é reforçar o Bolsa Família, aumentando o número de beneficiários e os recursos. Com isso, esse acréscimo poderá ser revertido no futuro para o novo programa social. O reforço deve acontecer após aprovação do Congresso Nacional.

Atualmente, o Bolsa Família conta com R$ 34,9 bilhões previstos para o Orçamento de 2021 enviada pelo governo para aprovação no Congresso. Houve um aumento, já que o valor destinado para o benefício neste ano foi de R$ 29,5 bilhões.

Mesmo com o aumento previsto para 2021, o valor ainda é insuficiente para que seja realizada a transição para o Renda Brasil. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, tinha realizada algumas propostas de cortes em benefícios, com o abono salarial e o congelamento da aposentadoria por dois anos.

O presidente Bolsonaro não concordou com as propostas e ainda deu uma “bronca” na equipe, afirmando que “não vou “tirar do pobre para dar ao paupérrimo”.

Além disso, criticou a ideia de acabar com o abono salarial dos trabalhadores e demostrou irritação ao ser vazado informações sobre um possível congelamento das aposentadorias e cortes nos benefícios sociais de idosos e deficientes.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.