ALTA dos alimentos no mês de setembro preocupa mercado financeiro e governo

Com previsão da alta da inflação, os preços dos alimentos em setembro subiram acima do esperado, chegando a seu nível mais alto em 8 anos, apesar de continuar benigna abaixo do centro da meta.

ALTA dos alimentos no mês de setembro preocupa mercado financeiro e governo
ALTA dos alimentos no mês de setembro preocupa mercado financeiro e governo (Imagem Google)

Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou, tendo um aumento de 0,45%, de 0,23% em agosto e acima da estimativa em pesquisa da Reuters de um aumento de 0,39%.

Essa previsão é a mais impactante para setembro desde 2012, quando o IPCA-15 registrou 0,48%, conforme os dados publicados nesta quarta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

No acumulado de 12 meses até setembro, o IPCA-15 teve um aumento de 2,65%, sobre 2,28% em agosto.

A estimativa era o avanço de 2,59% em 12 meses, e o resultado continua abaixo do centro da meta de inflação para este ano que é de 4%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA.

O IPCA-15 apontou ainda que no mês de setembro, os preços de alimentos tiveram o maior impacto entre os nove grupos que foram analisados, de 1,48%, sobre 0,34% no mês anterior.

Essa conclusão foi feita pelo aumento de 3,42% das carnes, e também pelos preços de tomate (22,53%), óleo de soja (20,33%), arroz (9,96%) e leite longa vida (5,59%).

Quais são as possibilidades de ter um tabelamento?

O aumento dos preços de alimentos vêm preocupando a vida dos consumidores ao realizarem compras no mercado e ao governo, especialmente de produtos da cesta básica, mas o presidente Jair Bolsonaro já declarou que não há planejamento para qualquer tipo de tabelamento.

Índices de inflação vêm mostrando um aumento acentuado dos preços no atacado, enquanto produtos como arroz estão fortemente em alta, houve também o aumento nas exportações estimulada pelo câmbio mais depreciado.

O comportamento do grupo Transportes também se encontra em alta de 0,83% este mês diante da inflação de 3,19% da gasolina, terceira alta seguida.