MEC cria kits de alfabetização para crianças inscritas no Bolsa Família

O Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Cidadania fecharam uma parceria para levar às famílias beneficiárias do programa Criança Feliz, que o público alvo são os beneficiários do Bolsa Família e do BPC2, os kits de literatura.

MEC cria kits de alfabetização para crianças inscritas no Bolsa Família
MEC cria kits de alfabetização para crianças inscritas no Bolsa Família (Foto: Divulgação/ MDS)

A ideia é estimular o envolvimento familiar na aprendizagem e contribuir para que a melhoria no processo de alfabetização.

Pelo menos 394 mil famílias deverão ser contempladas em cerca de 2,5 mil municípios do país.

O programa Conta pra Mim, foi lançado em 2019 e é a primeira iniciativa voltada para à valorização da leitura dentro do ambiente familiar no país. 

De acordo com o especialista James Heckman, prêmio Nobel de Economia, “essas iniciativas como a do MEC são instrumentos capazes de romper o chamado ciclo da pobreza e superar vulnerabilidades sociais.”

O kit que será dado às famílias vão conter: dois livros literários, um caderno de desenho, giz de cera, calendário, encarte explicativo das principais práticas de literacia familiar e um template do mascote do programa. 

Já os materiais como Guia de Literacia Familiar, os vídeos explicativos, as cantigas e a coleção de 40 livros literários podem ser encontrados no site do Conta pra Mim.

A parte de literacia familiar, que é o conjunto de práticas e experiências que têm como foco a linguagem, a leitura e a escrita vivenciadas entre pais/cuidadores e filhos, é tida como “carro-chefe” das ações da Secretaria de Alfabetização (Sealf) do MEC.

O programa oferece aos pais as orientações sobre o conceito de literacia familiar e ferramentas para que possam ser aplicadas as técnicas.

Essa implementação do programa se dá por meio das ações que não dependem da adesão dos entes federais.

Uma pesquisa diagnosticou o chamado de “abismo de 30 milhões de palavras”. Esse abismo é a comparação de crianças de famílias de classe média alta com crianças de famílias pobres, pelo menos até os 4 anos de idade. 

Elas são submetidas a cerca de 30 milhões de palavras a menos durante seu desenvolvimento no seio familiar.

O que provoca um impacto significativo na aprendizagem dos filhos. Depois, eles tendem a ter dificuldades para consolidar a alfabetização e avançar no ensino.