FIM do auxílio emergencial está mais próximo; o que vai acontecer depois?

Fim do auxílio emergencial em dezembro pressiona o governo para desenvolver uma nova política social. A finalização do coronavoucher já tem data marcada e dessa forma, considerando os efeitos econômicos gerado pela pandemia do novo coronavírus, o poder público precisará elaborar uma nova estratégia para evitar a fome e miséria no país.   

FIM do auxílio emergencial está mais próximo; o que vai acontecer depois? (Imagem: Google)
FIM do auxílio emergencial está mais próximo; o que vai acontecer depois? (Imagem: Google)

Inicialmente, o plano se substituição seria elaborado a partir da instauração do Renda Brasil, mas o projeto foi cancelado pelo presidente Jair Bolsonaro. 

O auxílio emergencial foi responsável por tirar milhares de brasileiros da fome extrema. Apesar do valor significativo de R$ 600 não ser o suficiente para manter uma família, foi por meio dele que muitos vieram se sustentando ao longo dos últimos meses.

No entanto, com o encerramento marcado para dezembro, ainda não se sabe como os segurados passarão a por comida em suas mesas.  

Projetos em avaliação para substituir o auxílio emergencial 

O governo tem ciência de que precisará desenvolver uma nova política social para substituir o auxílio emergencial.

Com a desistência pelo Renda Brasil, será necessário pensar novas formas de liberar recursos para quem veio recebendo assistência nos últimos meses pelos R$ 600.  

Uma das propostas em tramitação no Senado sugere que se crie um benefício universal estudantil. A ideia é que sejam ofertados valores, ainda não definidos, para ajudar famílias que tenham crianças, como o Bolsa Família.  

Para poder custear a ação, o ministério da economia deveria redistribuir valores referentes a heranças, aplicar uma redução nos gastos tributários, como lucros e dividendos, deduções no imposto de renda, e unificação de programas sociais considerados pouco eficientes.  

Entre as sugestões para dispor nova renda, está o fim do abono salarial. A pauta foi elaborada pelo ministro Paulo Guedes, mas recentemente foi reprovada por Bolsonaro que afirmou não poder “tirar de pobres para dar a paupérrimos”.  

Se a decisão fosse aceite, seria possível liberar um valor de cerca de R$ 20 milhões no orçamento da União. A previsão é que até o mês de novembro o governo informe como irá substituir o auxílio emergencial, podendo o presidente voltar atrás e autorizar novamente o funcionamento do Renda Brasil.  

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.