Criação do Renda Brasil sugere SUSPENDER aumento nas aposentadorias por 2 anos

A equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro está apoiando que os benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, não tenham mais vínculos do reajuste do salário mínimo e fiquem congelados pelos próximos dois anos. As informações foram passadas pelo secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues.

Criação do Renda Brasil sugere SUSPENDER aumento nas aposentadorias por 2 anos
Criação do Renda Brasil sugere SUSPENDER aumento nas aposentadorias por 2 anos (Imagem: Google)

A ideia iria evitar a correção automática do piso das aposentadorias e pensões, que atualmente não podem ser menor que o salário mínimo. 

Além disso, a área apoia que os benefícios maiores fiquem congelados no mesmo período. 

A economia que será gerada pelas novas regras seria enviada para o financiamento do novo programa de distribuição de renda, o Renda Brasil.

“A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário mínimo e acima de um salário mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de correção]. O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção”, disse Waldery Rodrigues.

O secretário informou que mesmo que essa seja uma discussão com a Casa Civil e o Ministério da Cidadania, o governo ainda não tem uma decisão sobre isso. 

Como funciona o reajuste nas aposentadorias hoje

O piso da previdência não pode pagar um valor menor que o piso nacional para as aposentadorias e pensões. Por tanto, esses pagamentos são reajustados sempre que o salário mínimo sofre correção. 

O reajuste é anual e não pode ser menor que a inflação do ano anterior. Já os benefícios mais altos, não tem o mesmo vínculo. No ano de 2020, o salário mínimo foi corrigido em 4,7% e os benefícios acima do piso em 4,48%.

Caso a sugestão do Ministério da Economia seja aprovada, os benefícios ficam congelados no valor atual, independente da inflação e do aumento salarial do período.

Os beneficiários de aposentadorias e pensões, o salário-maternidade, o auxílio-doença e o salário-família, entre outros. E de programas assistenciais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), não iriam entrar nessa regra.

Se for aprovado, as aposentadorias e pensões mais baixas poderiam inclusive ficar menores que o salário mínimo vigente, de acordo com o informado pelo secretário.

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