O Pronampe irá iniciar na próxima terça-feira (01/09) a segunda fase de empréstimos. O programa dispõe de R$ 14 bilhões para as novas demandas. O objetivo é que esse valor seja usado para ajudar as microempresas durante esse período da pandemia de Covid-19.
O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) foi uma das medidas criadas pelo governo com o intuito de amenizar os impactos negativos na economia brasileira devido à pandemia de Covid-19. O programa tem garantia de 85% do Tesouro.
De acordo com o Governo, essas medidas foram criadas porque são essas empresas que têm mais sofrido com a crise econômica e social com a pandemia. Muitas delas não conseguiram superar esse período e acabaram fechando às portas.
Por esse motivo, essas iniciativas fazem com que as pequenas e micro empresas consigam bancar as despesas, como aluguel, pagamento de funcionários e investimentos em equipamento para digitalizar os negócios, entre outros.
A ideia é oferecer condições para que essas empresas não cheguem a falir. O governo emprestará R$12 bilhões e as instituições financeiras R$2 bilhões. Dessa maneira, será possível emprestar R$ 14 bilhões.
O Banco do Brasil é o responsável por administrar o FGO (Fundo de Garantia de operações). Com a segunda fase, a expectativa é que mais 160 mil empresas sejam atendidas, de acordo com o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, João Rabelo.
O que irá mudar na segunda fase de empréstimos do Pronampe?
A única mudança será em relação ao teto do empréstimo para as empresas que será no máximo de R$ 87 mil. Assim como na primeira fase, o limite de valor recebido deve ser correspondente a 30% do faturamento da empresa no ano passado (2019).
De acordo com João Rabelo, a estimativa é que o recurso disponibilizado pelo programa dure uma ou duas semanas, já que a procura é muito grande.
Como foi a primeira fase do Pronampe?
Na primeira fase do Pronampe, 210 mil empresas foram atendidas com os empréstimos, sendo 104 mil microempresas que receberam empréstimos por volta de R$ 44,7 mil e 106 mil pequenas empresas com uma média de empréstimos no valor de R$ 123 mil.
O governo, na primeira fase, aportou um valor um pouco superior que na nova fase, R$ 15,9 bilhões, e junto com as instituições financeiras o valor total emprestado foi de R$ 18,7 bilhões. A taxa de juros cobrada no programa é de 1,25% mais a taxa Selic, o que equivale a 3,25% ao ano.