Após muitas especulações nas últimas semanas, o auxílio emergencial do governo está mais perto de ser prorrogado até dezembro deste ano. A equipe econômica conseguiu fechar o valor das novas parcelas em R$300, valor que o presidente Bolsonaro desejava. As informações foram publicadas no blog de Gerson Camarotti no portal G1.
É esperado que ainda hoje (28), Bolsonaro anuncie a prorrogação do auxílio e o novo valor de R$300, até como forma de evitar o que um auxiliar do governo chamou de “leilão” no Congresso Nacional.
Com a ampliação do auxílio, o lançamento do Renda Brasil fica para depois, já que a equipe econômica precisa trabalhar em uma nova versão que agrade o presidente.
Segundo um integrante do governo, no discurso que Bolsonaro fez em Minas Gerais, o presidente disse que precisava de um tempo maior para discutir sem pressão o novo programa Renda Brasil e afirmou que a proposta está suspensa.
O integrante também comenta que todos os cálculos precisam respeitar o limite do teto de gastos.
Inscrição no auxílio emergencial será verificada todos os meses
Ficou decidido pelo TCU (Tribunal de Contas da União) que o Ministério da Cidadania vai atualizar todos os meses a lista de beneficiários do Auxílio Emergencial. O objetivo é retirar do cadastro as pessoas que não se enquadram mais nas regras.
Entre os motivos que levam alguém a ser tirado do cadastro é ter conseguido um emprego formal, por exemplo.
“O Ministério da Cidadania precisa fazer essa atualização mês a mês para que quem está inserido no mercado formal deixe de receber”, explicou Bruno Dantas, o relator do processo que realiza a avaliação do pagamento do auxílio.
Segundo o processo que foi votado na última quarta-feira (26), só em pagamentos indevidos do auxílio, o governo gasta cerca de R$42 bilhões. O auxílio emergencial foi criado para ajudar os trabalhadores informais em meio a pandemia do coronavírus.
Este valor que é pago indevidamente se aproxima do custo mensal de todo o programa, R$51 bilhões.
De acordo com o TCU, o cadastro do governo federal possui 66,9 milhões de pessoas. As cinco parcelas já definidas pelo governo custam juntas R$254 bilhões. O governo ainda avalia o pagamento de parcelas extras.
Sobre os dados divulgados pelo TCU na última terça-feira, 25, o Ministério da Cidadania disse em nota que quem recebeu parcelas indevidamente estão sujeitas as penalidades da lei.
A nota diz também que o auxílio emergencial tem uma margem de erro de 0,44% e sendo assim, chega a 99,56% com acerto.