Auxílio emergencial foi única renda para 4,4 milhões de famílias em julho, diz pesquisa

Auxílio emergencial é visto como única fonte de renda para milhares de brasileiros. Nessa semana, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada liberou um estudo onde mostra que cerca de 4,4 milhões de casas sobreviveram, durante o mês de julho, apenas com os R$ 600 do coronavoucher.    

Auxílio emergencial foi única renda para 4,4 milhões de famílias em julho, diz pesquisa (Imagem: Google)
Auxílio emergencial foi única renda para 4,4 milhões de famílias em julho, diz pesquisa (Imagem: Google)

De acordo com os números, essa quantia representa aproximadamente 6,5% dos lares totais do país, tendo os mais pobres registrado um rendimento de 124% com o benefício.

Próximo ao fim de seu pagamento, o auxílio emergencial ainda continua contemplando parte significativa da população nacional. Desenvolvido como uma proposta de emergência, a liberação financeira teve como finalidade minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Segundo os dados do Ipea, ele foi o suficiente para recuperar cerca de 16% da perda de massa salarial dos desempregados.  

Além disso, com base nos estudos microdados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Covid-19 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), percebeu-se uma equivalência também na base entre a renda média e a habitual. 

“Pela primeira vez, desde o início da pandemia, o auxílio emergencial compensa em média mais que a diferença entre a renda efetiva e a habitual. Ou seja, entre os que permaneceram empregados, a renda média com o auxílio já é maior do que seria habitualmente. Os efeitos da pandemia sobre os rendimentos do trabalho e o impacto do auxílio emergencial: os resultados dos microdados da PNAD Covid-19 de julho,” disse, em nota, o economista Sandro Sacchet, autor da pesquisa intitulada. 

Média de pagamentos do auxílio emergencial 

Os números mostram que, durante julho, 87% dos rendimentos habituais foi de aproximadamente R$ 2.070 contra R$ 2,377.

Já a recuperação entre os trabalhadores prejudicados foi de 72% (julho) contra 63% em junho, gerando efetivos de aproximadamente R$ 1.376.  

No setor privado, os trabalhadores sem carteira assinada receberam 85% em julho conta 79% em junho. Para os funcionários públicos a média do rendimento habitual chegou a 90%. A região mais favorecida foi o Nordeste, onde a renda subiu para 81,3% e no Centro Oeste foi o local menos impactado registando um valor de 89,7%. 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Doutoranda e mestra em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a coordenação de edição dos Portais da Grid Mídia e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas socias e economia popular. Iniciou sua trajetória no FDR há 7 anos, ainda como redatora, desde então foi se qualificando e crescendo dentro do grupo. Entre as suas atividades, é responsável pela gestão do time de redação, coordenação da edição e analista de dados.