Auxílio emergencial: Bolsonaro e Guedes divergem sobre valor de prorrogação do benefício

Nesta segunda-feira (24), em uma reunião no Palácio do Planalto, a equipe econômica e o presidente Jair Bolsonaro discutiram sobre a extensão do pagamento do auxílio emergencial até o final do ano com um valor de ao menos R$300.

Auxílio emergencial: Bolsonaro e Guedes divergem sobre valor de prorrogação do benefício
Auxílio emergencial: Bolsonaro e Guedes divergem sobre valor de prorrogação do benefício (Foto:Google)

De acordo com a Folha de São Paulo, foi apresentado ao presidente uma proposta de R$ 270. Porém, ele teria pedido para a equipe econômica chegar a um valor superior, em média, R$ 300.

O presidente disse que a ideia é que o valor do auxílio fique no meio termo para ajudar a economia a se reerguer.

”Estou pensando em prorrogar por mais alguns meses, mas não com R$ 600 e nem com R$ 200. Um meio-termo aí até a economia pegar”, disse o presidente.

Essa falta de acordo sobre o valor é um dos motivos que adiou o anuncio do mega pacote econômico que estava previsto para acontecer hoje (25). Nele, deve ser incluso o novo programa de renda básica, o Renda Brasil, até marcos legais e gatilhos para destravar o Orçamento.

O investimento será de ao menos R$254 bilhões de reais com o pagamento do auxílio emergencial. Esse é o maior gasto do governo com a crise de saúde.

O ministro da Economia tinha a pretensão de convencer o presidente de que o benefício fosse transferido para o Renda Brasil.

Assim, o valor das parcelas seriam reduzidas, propondo primeiramente pagamentos de R$ 200. Mas o presidente não quis e o ministro resiste a liberações de R$ 300 ou mais.

O programa Renda Brasil, novo programa assistencial do governo de Jair Bolsonaro vai atender cerca de 8 milhões de pessoas a mais do que são atendidas pelo Programa Bolsa Família.

Desde que assumiu o governo, a equipe econômica e a área social estão trabalhando na criação de um novo programa para a realização de transferência de renda, gerando uma marca do governo atual. 

Essa ideia ganhou ainda mais força depois que o auxílio emergencial foi pago para 66 milhões de brasileiros neste período de pandemia do novo coronavírus.

Atualmente, cerca de 14,2 milhões de famílias recebem o Bolsa Família, desse total, 95% delas estão recebendo o auxílio emergencial desde o mês de abril.

A ideia é que, após o fim do auxílio, os beneficiários do Bolsa sejam contemplados com o novo programa, junto com mais 8 milhões de pessoas o que deve totalizar 2,5 milhões de famílias.