Nesta terça-feira (18), o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou que o pagamento do auxílio emergencial de R$600 por mais tempo não é possível.
Segundo ele, as pressões politicas depois da pandemia devem continuar e o auxílio emergencial é bom para a população.
Aqueles que receberam o Bolsa Família de R$190, passaram a receber três vezes mais, porém, de acordo com Marcelo, não é possível manter esse benefício.
O secretário afirmou que a pandemia fez o governo rever suas prioridades e começar a pensar em uma maneira de melhorar as ferramentas de transferência de renda.
“A rede de proteção social precisa ser aprimorada. Tem muita gente que não tinha acesso aos recursos de proteção social do estado e que precisa ser melhorada. Como a gente aumenta? como faço o Bolsa Família de R$ 190 chegar a algo maior, não infelizmente a 600 reais, mas como aumentar esse valor?”, disse.
Já o presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Economia, Paulo Guedes afirmaram que o pagamento de R$600 não será sustentado por muito tempo.
Teto de gastos
Os Guaranys defenderam o teto de gastos ao relatarem que é uma forma artificial de fazer o que o país deveria fazer, no qual é gastar dentro das possibilidades.
“ Comento sempre que conversando com o pessoal do Banco Mundial na época do teto, eles diziam, “vocês brasileiros são loucos, compraram o terno e depois vão ter que caber, geralmente a gente emagrece antes”. Eu dizia, o Brasil é assim mesmo, a gente compra na promoção, depois vai ter que dar um jeito de entrar.”, disse.
Além disso, o secretário disse que parte da agenda do governo é fazer o país caber no teto, com revisão de despesas e desvinculação de recursos.
“Temos que fazer nosso dever de casa, pois o piso sobe. A gente vai engordar e trocar o terno ou começar a malhar e caber nele, fazer um regime? Então precisamos de reforma para desvincular, desindexar e desobrigar as nossas despesas.”, completou.