Pagamento do auxílio emergencial representa 2,5% do PIB nacional

PONTOS CHAVES

  • Auxílio emergencial altera PIB nacional
  • Norte e Nordeste representam regiões com melhores investimentos
  • Setores econômicos contam com uma injeção de mais de R$ 250 bilhões

Liberações do auxílio emergencial são responsáveis por manter o PIB nacional. Na última semana, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) disponibilizou uma pesquisa onde mostra que o coronavoucher terá um impacto de 2,5% no Produto Interno Bruto brasileiro. De acordo com o estudo, a região mais beneficiada foi o Nordeste, onde o recurso representa aproximadamente 6,5% do PIB local. 

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Pagamento do auxílio emergencial representa 2,5% do PIB nacional (Imagem: Reprodução Google)

Ao todo, o governo federal deverá injetar aproximadamente R$ 250 bilhões pelo projeto, dividindo o valor em 5 parcelas. 

Quase em sua reta final, o auxílio emergencial deverá alterar as estatísticas brasileiras. Conforme mostra o estudo desenvolvido pela UFPE, o PIB do país terá um fechamento mais elevado a partir da liberação do benefício.

Antes de oficializa-lo, o governo federal temia que o produto interno bruto ficasse negativado, tendo em vista a crise econômica motivada pelo novo coronavírus.  

Desse modo, desde o mês de abril, pagamentos de R$ 600 começaram a ser concedidos para todos os brasileiros de baixa renda ou que tiveram suas jornadas de trabalho afetadas pela pandemia.

Até esse momento, já foram contemplados mais de 50 milhões de pessoas, divididas em 5 ciclos de pagamento mediante a aceitação do cadastro no app do auxílio emergencial.  

“O Auxílio Emergencial tem um impacto significativo, porque tem efeito multiplicador. É um programa de transferência de renda direta para a população, sem vinculação a nenhuma contrapartida que possa vir a atrapalhar a distribuição e chegada dos recursos na ponta. A população pode gastar como bem entender. Então, a gente acredita que há um efeito pulverizado e multiplicador”, explicou o professor da UFPE, Ecio Costa. 

Auxílio emergencial terá impactos em todos os setores 

No que diz respeito aos impactos do benefício nos setores econômicos, a pesquisa defende a ideia de que todas as áreas podem ser contempladas. Uma vez em que o governo não limite como o valor concedido deverá ser utilizado, cabe ao beneficiário escolher onde irá aplica-lo.  

De modo geral, o mercado de alimentos e farmácia tendem a ser os mais contemplados, por serem considerados de necessidade básica. No entanto, as demais áreas também deverão sentir os efeitos de injeção econômica.  

“Essa política vai abrangendo todos os setores, a partir da decisão dessas famílias. Elas vão gastar no consumo de alimentos, vestuário, até em eletrodomésticos, vão quitar dívidas e isso termina movimentando a economia em todos os segmentos”, explicou Costa. 

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Pagamento do auxílio emergencial representa 2,5% do PIB nacional (Imagem: Reprodução Google)

Avaliação por região 

Até esse momento, as regiões mais beneficiadas pelo auxílio emergencial foram o Norte e o Nordeste. Nelas, o volume de recursos já disponibilizados tem os maiores percentuais em comparação a média nacional.

No Maranhão, por exemplo, o benefício correspondeu a 8,6% do PIB, já no Piauí a média foi de 7,9%. Na sequência, está a Paraíba (6,7%); Alagoas e Ceará (ambos 6,4%).   

“Também fizemos uma regressão simples mostrando que há correlação com significância estatística de que, por exemplo, a cada queda de 7% do IDH e aumento de 2% no IVS e de 1% de população vulnerável à pobreza, temos o aumento de 1% do peso do Auxílio Emergencial no PIB”, detalhou o pesquisador. 

O estado de São Paulo, mesmo sendo o que mais recebeu investimentos, com uma média fiscal de aproximadamente R$ 29,66 bilhões, ficou em 25º lugar nas variações do PIB. Isso acontece porque, para essa região o benefício não é considerado de caráter emergencial tendo em vista que seu índice de pobreza é inferior ao Norte e Nordeste.  

São injeções de recursos livres na economia, o que termina fazendo com que o consumo aconteça. Dessa forma o comércio não demite funcionários, a indústria continua produzindo, os serviços são demandados e você tem a máquina da economia funcionando com o estímulo causado por essa política”, finalizou Costa. 

Quem recebe o auxílio emergencial?

Criado exclusivamente para o período de pandemia do coronavírus, o auxílio de R$600 a R$1.200 beneficia pessoas sem registro em carteira. Isto incluí: trabalhadores autônomos, MEI, desempregados, inscritos no CadÚnico e Bolsa Família.

Para ter acesso ao valor foi determinado que os inscritos não ultrapassassem renda familiar mensal de 3 salários mínimos. Além de não estarem recebendo nenhum outro benefício do governo.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.