Nesta quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai se reunir e deve decidir uma redução na taxa básica de juros da economia brasileira, Selic. A expectativa é que o valor caia dos atuais 2,25% para 2% ao ano.
A estimativa vem da maior parte dos economistas do mercado financeiro. Caso aconteça, este será o nono corte consecutivo na Selic, que iria atingir o seu menor patamar desde o ano de 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.
A decisão do Banco Central será anunciada por volta das 18h. Os analistas dos bancos acreditam que essa seja a última redução do ciclo de cortes da taxa de juros.
Esses cortes se iniciaram em agosto de 2019, a ideia é que a taxa permaneça em 2% ao ano até setembro do ano que vem, quando voltaria a subir.
Reflexos da taxa selic na economia
Com a redução da Selic, o BC vai estimular o nível de atividade. Isso deve acontecer em um momento em que o PIB mundial está em forte contração por conta da pandemia mundial causada pelo novo coronavírus.
Nas últimas semanas, os indicadores apontaram para um princípio de recuperação da economia no Brasil.
No mês de julho, o governo manteve a sua previsão para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 4,7%, enquanto os economistas do mercado financeiro vêm melhora nas suas estimativas.
Na semana passada, foi prevista uma queda de 5,66% para a economia neste ano. A forte queda que aconteceu na atividade econômica faz com que essa variação de preços tenha sido menor.
No mês de junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,26%, após dois meses de deflação.
O Banco Central faz a fixação da taxa básica de juros, a Selic, levando em consideração o sistema de metas de inflação.
Este ano, a meta central é de 4%. De acordo com a regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Para o próximo ano, 2021, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.